O primeiro homicídio ocorrido na Antártida. Para fãs de filmes policiais, Terror na Antártida, outra filme estreante nos cinemas deste fim de semana, deveria empolgar pelo cenário inóspito escolhido para os crimes.
Mas, para quem chegar ao início do filme com muita expectativa, a obra vai decepcionar, sobretudo porque de terror não tem nada (mais um equívoco das traduções de títulos para o português).
O filme dirigido por Dominic Sena (o mesmo de A senha: Swordfish) e estrelado por Kate Beckinsale surgiu a partir do sucesso da história nos quadrinhos, denominada então de Whiteout: morte no gelo, de Greg Rucka e Steve Lieber, publicada pela Oni Press.
Para os fãs de HQs, principalmente, o filme deixa a desejar. Com estreia prevista inicialmente para 2007, o trabalho de pós-produção atrasou a chegada do filme às telonas por dois anos.
Prestes a finalmente ir embora do continente gelado depois de uma longa temporada no local, que só lhe causa claustrofobia e isolamento, a agente federal norte-americana Carrie Stetko começa a ter que investigar o caso de um corpo encontrado no gelo, entre a estação de pesquisa norte-americana, Amundsen-Scott, e a distante correspondente russa, Vostok.
Na região em que perder uma luva pode significar perder a mão e a exposição por alguns minutos pode matar quem esteja sem proteção, ao invés de uma simples morte causada pelo frio ou algum outro fator natural, logo se descobre ser aquele corpo o primeiro homicídio cometido na Antártida.
No jogo entre encontrar o assassino antes que ele a encontre ou cometa outros crimes, está a angústia de Carrie em resolver logo a situação, antes que o inverno chegue o sol desapareça… Pelos próximos seis meses.
A primeira vítima fatal é Weiss, um geólogo americano, membro de uma pequena equipe de pesquisa que estuda fragmentos de meteoritos. Um exame mais apurado do corpo encontrado revela diversos ossos quebrados e uma ferida recente na perna, que foi costurada de qualquer jeito, embora a causa da morte seja uma profunda ferida no peito, feita por um dos instrumentos mais comuns naquele terreno: um machado de gelo.
A localização do corpo causa mais espanto que a própria morte. Ele foi encontrado a quilômetros de distância do nada. Sem trilhas, sem mapas, sem equipamento. Depois de passar dois anos fazendo um trabalho monótono de monitoramento de pequenos delitos, o início de uma série de crimes era o que a agente federal menos esperava nos seus últimos dias na Antártida.