Cannes estende o tapete vermelho para sediar o maior evento de cinema do mundo. O 64.º festival começa amanhã e vai até o dia 22, com a entrega dos prêmios no domingo à noite. As mulheres vão reinar no tapete vermelho. O festival inicia-se com o novo Woody Allen, “Midnight in Paris”, estrelado pela mulher do presidente francês Nicolas Sarkozy, Carla Bruni, e se encerra com Christophe Honoré, “Les Bien-Aimés”, que traz de volta a Cannes sua majestade, uma rainha do cinema, Catherine Deneuve.

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Ainda é cedo para arriscar quem será o vencedor da Palma de Ouro, mas durante a junket de “Piratas do Caribe 4, Navegando em Águas Misteriosas” -, Penélope Cruz disse que estará torcendo por Pedro Almodóvar. “Pedro merece esse prêmio, e não é de agora. Espero que Cannes, enfim, lhe faca justiça.”

O Brasil não concorre à Palma, mas terá filmes em importantes seções do evento. Marco Dutra e Juliana Rojas vão apresentar “Trabalhar Cansa” na mostra Un Certain Regard, que integra a seleção oficial, e Karim Aïnouz volta à Croisette para exibir “O Abismo Prateado”, inspirado em canções de Chico Buarque, na Quinzena dos Realizadores.

O festival de 2011 introduz novidades importantes – uma Palma de Ouro especial, que será atribuída a um grande artista que nunca venceu o prêmio (e o italiano Bernardo Bertolucci será o homenageado) e põe o foco no Egito. Não apenas isso – os 40 anos de “A Laranja Mecânica” serão lembrados com a exibição, em Cannes Classics, da cópia restaurada do cultuado filme de Stanley Kubrick. Jean-Paul Belmondo, um dos ícones da velha nouvelle vague, também recebe homenagem (e o festival mostra a cópia restaurada de “O Magnífico”, de Philippe De Broca).

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O júri de 2011 é presidido por Robert De Niro e inclui, entre outros, os atores Jude Law, Uma Thurman, Martina Guzman (da Argentina)e o diretor francês Olivier Assayas. Outro júri, o da mostra Un Certain Regard, na qual concorre o filme brasileiro “Trabalhar Cansa”, será presidido por Emir Kusturica. E ainda haverá o júri que vai outorgar a Caméra d’Or, a Palma de Ouro dos diretores estreantes, para autores de primeiros filmes, presidido pelo coreano Bong Joon-ho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.