É a última chance de ver na Mostra um dos filmes mais bem votados nesta 43.ª edição do evento. Meu Verão Extraordinário com Tess – uma história da passagem da infância para a adolescência com relações e personagens bem desenvolvidos – é exibido nesta segunda-feira, 28, às 19h30, no Espaço Itaú Frei Caneca. Dentro da Competição Novos Diretores (é o primeiro longa do jovem diretor holandês Steven Wouterlood), o filme agora concorre ao Troféu Bandeira Paulista.

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Antes de chegar a São Paulo e conquistar os fãs da Mostra, o filme já tinha levado uma menção especial da seção Generation K Plus no Festival de Berlim deste ano, onde também colecionou elogios da crítica.

Baseado em um livro da escritora holandesa Anna Woltz, o filme acompanha Sam (Sonny van Utteren) por uma semana nas férias de verão da família em uma ilha na Holanda, mas os planos de uma viagem idílica começam a ruir quando seu irmão mais velho se machuca e a mãe entra em crise de enxaqueca. “Será que o último dinossauro sabia que era o último mesmo?”, Sam se pergunta mais de uma vez durante o filme.
Instigado por esse tipo de reflexão, ele então prepara para si mesmo um “treinamento de solidão” – ciente de que, muito provavelmente, todos os seu entes queridos morrerão antes dele, o caçula da família.

O treinamento, porém, é interrompido quando ele conhece Tess (Josephine Arendsen), uma idiossincrática garota de 11 anos envolvida em sua própria busca complexa: tentar se aproximar e conhecer Hugo (Johannes Kienast), outro visitante da ilha com um passado em comum com ela e com sua mãe. No processo, Tess parte o coração de Sam – apenas uma das “primeiras vezes” do filme -, numa história de amor de verão inocente, daqueles que transformam uma vida para sempre.

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A temática remete ao clássico de Sessão da Tarde Meu Primeiro Amor (e até a garota, Arendsen, guarda uma semelhança física com Anna Chlumsky, o amor de Macaulay Culkin no filme de 1991), mas em apenas 82 minutos Meu Verão Extraordinário com Tess consegue costurar ao romance pré-adolescente ponderações mais profundas sobre amadurecimento, solidão, morte, perdão – sem esbarrar em pieguices.

O cenário natural da ilha de Terschelling e a fotografia ampla de Sal Kroonenberg contribuem nesse sentido também, fornecendo um senso de grandeza para um drama romântico leve, e para todas as idades.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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