Começa neste sábado, 15, em Fortaleza, a 24.ª edição do Cine Ceará, um dos mais tradicionais festivais de cinema do País. A mostra cearense se inicia com homenagem à atriz Deborah Secco e terá, como filme de abertura, um dos competidores estrangeiros, o drama de suspense Não Sou Lorena (Chile/Argentina), de Isadora Marras.

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Neste ano, a mostra principal volta a ter como palco o Theatro José de Alencar, e não mais nas salas do Centro Dragão do Mar, como aconteceu no ano passado. A justificativa é que a mostra se tornava um tanto dispersiva quando dividida pelas três salas do Dragão. Já o teatro, inaugurado em 1910, é lindo, embora pouco confortável como sala de cinema improvisada. Tem ao seu lado um parque acolhedor, propício para as atividades sociais do evento.

Com recorte ibero-americano, o Cine Ceará apresenta em sua mostra competitiva três filmes brasileiros e cinco de outros países. Dólares de Areia, da República Dominicana, o já citado Não Sou Lorena, do Chile, Não Roubarás (a Menos Que Seja Necessário), do Equador, Obediência Perfeita, do México, e Os Fenômenos, da Espanha, compõem o cardápio estrangeiro.

Pelo Brasil, vêm Estrada 47, de Vicente Ferraz, De Gravata e Unha Vermelha, de Miriam Chneiderman, e A Vida Privada dos Hipopótamos, de Maíra Bülher e Matias Mariani.

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Destes, Estrada 47 é o mais manjado: já foi apresentado no Festival do Rio de 2013 e ganhou o troféu de melhor filme em Gramado-2014. Por que um vencedor de importante festival compete em outro? Mistérios dos festivais brasileiros.

Além da mostra de longas, haverá a competição de curtas, com 12 títulos disputando os Troféus Mucuripe. Outra atração é o Foco Argentina, com exibição de filmes e debates sobre o cinema dos hermanos.

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O Cine Ceará programou ainda longas nacionais fora de concurso, como Boa Sorte, de Carolina Jabor, com a homenageada Deborah Secco no papel de uma doente terminal viciada em drogas. Além de Deborah, dois outros artistas receberão homenagem do evento – o ator Nelson Xavier e o diretor e escritor João Batista de Andrade, atual diretor do Memorial da América Latina e eleito como intelectual do ano de 2014 pela União Brasileira de Escritores, que lhe conferiu o Troféu Juca Pato.

No encerramento, dia 22, haverá a exibição fora do concurso do inédito Nervos de Aço, de Maurice Capovilla, ficção que procura resgatar a memória do genial compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914-1974), no ano do seu centenário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.