Festival Internacional de Londrina está na reta final

O Filo (Festival Internacional de Londrina) entrou em sua segunda e última semana de exibição. O evento – que está em sua quadragégima edição e é promovido pela Associação dos Amigos da Educação e Cultura do Norte do Paraná (Amen) e pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) – termina no próximo domingo, após a realização de 105 apresentações de espetáculos nacionais (realizados por 31 companhias) e internacionais (15 companhias).

?Esta está sendo uma edição bastante especial do festival. Estamos conseguindo proporcionar ao público diversas possibilidades de artes cênicas e fazer com que as pessoas tenham contato com as mais diversas formas de arte e cultura. A quadragésima edição do Filo vai ficar para a história. A qualidade dos espetáculos inclusos na programação valoriza tanto o festival quanto a própria cidade de Londrina, que está recebendo gente de diversas partes do país e mesmo do exterior?, diz o diretor do Filo 2008, Luiz Bertipaglia.

No último fim de semana, os espetáculos apresentados foram a prova de que o festival está conseguindo reunir peças para todos os gostos. Entre os destaques, estava o monólogo Umbral, interpretado pela argentina Cristina Castrillo, radicada na Suíça há trinta anos. No espetáculo, com cerca de 45 minutos de duração, a atriz, baseada em suas próprias experiências de vida, propôs ao público uma reflexão sobre o processo criativo e o trabalho do ator.

Uma mistura de dança, circo, pantomima e marionetes pôde ser vista no espetáculo francês La Fin des Terres, da companhia do diretor Philippe Genty, considerado um dos grandes mestres do teatro visual. Em cartaz no teatro Ouro Verde, a peça surpreendeu o público em diversos momentos, arrancando muitas exclamações de surpresa da platéia. Uma viagem ao centro dos sonhos e das fobias realizada através de criaturas e personagens místicos e enigmáticos.

Fragmentos

O espetáculo mais esperado do festival, Fragments, do diretor inglês Peter Brook (uma das mais importantes figuras vivas do teatro mundial), estreou no último domingo, com casa lotada. O espetáculo – que reúne quatro pequenas peças do irlandês Samuel Beckett (autor de Esperando Godot) e um poema – teve início às 21 horas, mas uma fila de pessoas ansiosas começou a se formar uma hora antes em frente ao Teatro do Filo. Em sua busca pela simplicidade, Brook não decepcionou quem desejava assisti-lo. Apresentou um espetáculo puro, sem grandes recursos cênicos (o chamado ?palco nu?), mas que cativou e tocou o espectador pela valorização do trabalho dos atores e pelo grande significado das palavras e dos gestos colocados em cena. Apesar de o Filo estar em sua reta final, ainda tem muita coisa para ser vista. Neste final de semana, diversas peças de companhias nacionais e internacionais estarão em exibição em diferentes espaços culturais.

www.filo.art.br. 

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