Um pedaço da produção teatral brasileira passa por São Paulo a partir de hoje. Em sua sexta edição, o Festival Palco Giratório, do Sesc, mantém a tradição de extravasar os limites do eixo Rio-São Paulo. Traz 18 espetáculos, vindos de 10 Estados. Assim como nos anos anteriores, diversidade continua a ser palavra de ordem e dá o tom à programação, assegura Sidnei Martins, um dos curadores do evento.

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Uma companhia de Aracaju, Sergipe, dá a largada na maratona artística. Na praça da Liberdade, o grupo Imbuaça apresenta a montagem de teatro de rua “O Mundo Tá Virado, Tá no Vai ou Não Vai, Uma Banda Pendurada a Outra em Breve Cai”. Até o dia 28, as dezenas de encenações previstas devem circular pelas unidades do Sesc na capital. E também pelas cidades próximas: ABC, Osasco, Campinas e Santos.

Todos os trabalhos programados foram selecionados por um grupo de curadores que se espalha por todo o País. Primeiro, eles indicam as criações mais bem-sucedidas de suas regiões de origem. Depois, também conhecem as escolhas de outros profissionais. Para só então chegar a um consenso. Neste ano chama atenção o número de produções inéditas que poderão ser vistas por aqui. “Esse não é um critério da seleção. Mas, curiosamente, a maioria dos trabalhos ainda não passou por São Paulo”, lembra Martins.

Caso de “A Galinha Degolada”, de Santa Catarina, que será levada ao palco do Sesc Pompeia. A peça é resultado da parceria de dois grupos: Persona Cia. de Teatro e Teatro em Trâmite. Também do Sul vem “A Tecelã”, peça de teatro de animação para adultos. Nunca antes visto na capital paulista, o trabalho é da Caixa do Elefante Teatro de Bonecos, uma das mais destacas companhias brasileiras neste tipo de encenação.

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Ainda na parcela de inéditos, merecem destaque dois espetáculos de dança. “Leve”, trazido pela Coletivo Lugar Comum, de Pernambuco, foi concebido pelas bailarinas Maria Agrelli e Renata Muniz. Outro destaque vem da região Norte, representado pelo Corpo de Dança do Amazonas. Com coreografia de Mário Nascimento, “Cabanagem” revê a revolta popular histórica, na qual índios, negros e mestiços se insurgiram contra a elite branca.

Destaque da cena carioca, o grupo Teatro Independente mostra dois títulos: “Cachorro!” (2007) e “Rebu” (2010). Quem também revela duas criações são os cariocas da Amok Teatro. Em “Dragão” (2008) e “Kabul” (2009), o foco está direcionado para a guerra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Programe-se:

“A Galinha Degolada”

Persona Cia. de Teatro e Teatro em Trâmite – SC

Sesc Pompeia, de 4 a 7

“O Dragão”

Amok Teatro – RJ

Sesc Belenzinho, dias 3 e 4

“Kabul”

Amok Teatro – RJ

Sesc Belenzinho, dias 6 e 7

“No Pirex”

Armatrux – MG

Sesc Consolação, dias 10 e 11

“Dentrofora”

grupo In.co.mo.de-te – RS

Sesc Ipiranga, de 11 a 14

“Rebu”

Teatro Independente – RJ

Sesc Ipiranga, dias 27 e 29

“Leve”

Coletivo Lugar Comum

Sesc Osasco, de 19 a 21

“O Evangelho Segundo São Mateus”

Delírio de Teatro – PR

Sesc Pinheiros, dias 17 e 18