Festival de música instrumental reúne 20 bandas em SP

Maior e mais representativo a cada edição, o PIB – Produto Instrumental Bruto começa hoje no CB Bar e estende a programação para a Casa das Caldeiras, em São Paulo, onde encerra as atividades no domingo, com entrada franca, com shows a partir das 17h30. A terceira edição do festival vai reunir 20 bandas, entre elas as madrinhas de cada noite Tigre Dente de Sabre, Retrofoguetes, Fantasmagore e SaunoFlex, que já passaram pelo PIB. Este ano o festival bateu recorde de inscrições (142) de todo o Brasil, e traz bandas revelações, como Aeromoças e Tenistas Russas (de São Carlos, interior de São Paulo), que abre hoje a programação, e Epcos (do Recife), criada há cerca de um ano apenas.

Para Inti Queiroz, curadora e coordenadora-geral do PIB, o surgimento de bandas como essas são reflexo da influência do festival. Voltado para a música instrumental de linguagem mais alternativa e jovem, incluindo o rock, o jazz e a eletrônica, o PIB foi pioneiro quando lançado em 2007. Com a tendência crescente, os organizadores pretendem levar o evento para o exterior, já que os convites começaram a surgir. “O número de inscrições triplicou desde a primeira edição”, diz Inti. “A gente estima que só nessa linha do projeto existam mais de 200 bandas no Brasil. Isso não tem igual no mundo. Só o México tem uma cena parecida com a nossa, mas a quantidade de bandas é bem menor. Acho que nosso festival ajudou muito nesse aspecto. O ano passado teve um boom de bandas nessa linha.”

Com noites temáticas ligadas aos elementos da natureza – Aéreos, Aquáticos, Terrestres, Ígneos – e diversas bandas com nomes de bichos, o festival realiza este ano uma ação mais concreta “por um mundo mais sustentável”, como o Natura Nós e o SWU – e até mais do que esses grandes festivais -, com o programa Glass Is Good. “Desde a primeira edição a gente tem um telão no fundo do palco, que apresenta imagens do mundo, porque por mais que a pessoa não esteja prestando atenção, aquilo entra como mensagem subliminar na cabeça dela. Então a gente mostra uma praia linda no Havaí e logo em seguida uma praia imunda. Ao mesmo tempo que a pessoa tem um deleite visual, ela tem um impacto seguinte que incomoda”, exemplifica a curadora.

Nem nos camarins haverá material descartável. Tudo é reciclável. Em vez de fazer fóruns de discussão, que acabam não surtindo muito efeito entre o público, os organizadores conseguiram do patrocinador uma máquina de triturar vidro, que é um material que demora mais tempo para se deteriorar do que o plástico e não encontra tantos adeptos da reciclagem. Esse vidro triturado vai ser usado numa das oficinas de arte na Casa das Caldeiras.

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