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Para quem acha que um Michael Moore é demais, imaginem vários Michael "Moorezinhos" espalhados pelo mundo. Eles existem e – para sorte de uns, azar de outros – produzem vários curtas-metragens para criticar o sistema americano, teorizar o 11 de setembro com uma câmera na mão e mostrar imagens que ninguém viu das guerras. Gostou? Então o Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, o Curta Cinema 2004, que começa esta sexta-feira, é um prato cheio. Dos 61 programas temáticos do evento, seis são dedicados a filmes sobre o terrorismo (Cultura do medo), o ataque às Torres Gêmeas (Ecos), conflitos (A guerra nossa de cada dia) e problemas sociais (Nosso mundo).

Entre os destaques estão os trabalhos de Richard Linklater (atual queridinho dos brasileiros com o sucesso de Antes do pôr-do-sol e Waking life de Susan Youssef, uma americana de 25 anos e origem palestina que registrou sua viagem solitária aos territórios ocupados na Faixa de Gaza.

Por último e não menos importantes, estão as mostras da nossa vasta e crescente produção de curtas-metragens no país. São tantos filmes brasileiros que o festival apresentará vários programas segmentados, como os dedicados só para trabalhos cariocas, outro para obras da galera esperta do Cachaça Cinema Clube (evento mensal de curtas inéditos que acontece no Odeon BR, no Rio) e outro com uma homenagem organizada pelos críticos e "pensadores" da revista virtual Contracampo ao cineasta Rogério Sganzerla, diretor de O bandido da luz vermelha, entre outros, falecido este ano.

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