Foto: Divulgação

Hitchcock Blonde foi uma das peças que teve que abrir sessão extra.

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A 17.ª edição do Festival de Curitiba chegou ao fim no último final de semana com saldos positivos de público e crítica. A média de ocupação estimada dos teatros foi de 80% para os cerca de 280 espetáculos e mais de mil apresentações da programação.

 Aos 180 mil ingressos colocados à venda inicialmente, somaram-se cerca de 6 mil lugares abertos com sessões extra dos espetáculos Hitchcock Blonde, Farsa, Cruel e Salmo 91, quatro sessões extra do Risorama e duas da peça Manual Prático da Mulher Desesperada, do Fringe.

 O evento foi realizado com R$ 1,172 milhão aprovado pela Lei Rouanet. Um dos pontos altos do Festival, segundo o diretor geral Leandro Knopfholz, foi o grande envolvimento da cidade com o evento. ?Acho que houve um real envolvimento de Curitiba com o Festival, que se percebia nas ruas, nos restaurantes, nos bares, nos teatros lotados?, diz Knopfholz.

Outro ponto alto foi a criação do Residência das Artes, que este ano trouxe o grupo Os Satyros para desenvolver o espetáculo A Fauna na Vila Verde, na periferia de Curitiba. O sucesso da iniciativa foi tanto que ela deve render frutos e já tem na Bosch e Fundação Honorina Valente possíveis patrocinadores.

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O Residência das Artes permanece na programação do Festival, trazendo a cada edição uma companhia para desenvolver um projeto no período que antecede ao Festival, para apresentação durante o evento.

 Se houve um ponto fraco, segundo Leandro Knopfholz, foi o pouco tempo para a preparação do evento. ?Assumi o Festival em setembro de 2007 e algumas falhas que ocorreram poderiam ter sido evitadas se tivéssemos tido mais tempo de planejamento?, comenta, prometendo para a próxima edição algumas mudanças, como a instalação de um ponto central de venda de ingressos durante o Festival, e um contato maior com prefeituras municipais, secretarias de Cultura e outros órgãos públicos estaduais e federais para o apoio a espetáculos que vêm de outros Estados para participar do Fringe.

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Há também a idéia de criação de um fórum do Fringe, estabelecendo um espaço formal no qual as companhias possam se encontrar para trocar idéias e experiências – um contato que hoje acontece informalmente, mas que poderá ser potencializado com a organização do Fórum. Leandro adiantou também que deverá estender as apresentações das peças do Fringe no próximo ano, para que a chamada propaganda boca-a-boca possa funcionar.