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Festival de Bonito tem tudo para ser exemplar

Sem verbas milionárias de patrocínio e com uma valorização rara das atrações locais, mesmo tendo grandes nomes nacionais no elenco. O Festival de Inverno de Bonito, no Mato Grosso do Sul, pode ter o que ensinar ao País em anos de poucos investimentos e esvaziamento de políticas culturais. As atrações vão se apresentar entre 25 e 28 de julho, com shows musicais, espetáculos de artes cênicas, incluindo teatro infantil de bonecos, teatro de sombras, dança vertical, circo de variedades e teatro popular. Muitas serão no Palco da Praça, no Centro de Bonito.

Os grandes nomes confirmados são Gal Costa, Lenine, BNegão, BaianaSystem, Karina Buhr, Christian & Ralf, Antonio Nóbrega e artistas locais, como o violonista Murilo Martinez e o cantor, compositor, arranjador e violonista Guilherme Rondon, da banda Urbem, que faz uma mescla de ritmos ternários da fronteira, como guarânias, polcas e chamamés, que dialogam o tempo todo a linguagem do jazz.

Atacar em todas as frentes para compensar a defasagem cultural do momento é uma bandeira, segundo Mara Caseiro, diretora-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. “O Festival não é só música, é uma interação entre os povos. Além de promover nossa cultura local para outras partes do País e do mundo, também é um grande movimentador econômico para Bonito para receber turistas”, ela diz, em um texto de divulgação do projeto. Muitas atrações da cidade vão se apresentar no palco especial Balneário Municipal, como Xiru Gaiteiro, Marcia Cordeiro, Matu Miranda e outros.

O Festival terá ainda na programação feira de artesanato, espaço de economia criativa, galeria de artes visuais, contação de história, oficinas de arte, cinema e animação, literatura, mostra de arte de rua, circo, lounge gastronômico, um observatório de astronomia além de palestras com temas como Ferramentas de Desenvolvimento Sustentáveis do Ecoturismo ou rodas de conversa ao longo do evento.

Uma outra característica de inclusão do projeto são os espetáculos cênicos que vão às periferias encenar peças para assentamentos de pessoas sem teto da região.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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