A capital da Alemanha vive até amanhã a agitação do 57.º Festival de Cinema de Berlim. E o Brasil busca mais uma vez a oportunidade de fechar novos negócios para a indústria cinematográfica nacional, com o Programa Cinema do Brasil.
Além de dar apoio aos filmes brasileiros que estão sendo apresentados no festival, como O ano em que meus pais saíram de férias, que concorre na mostra competitiva, Antonia, A casa de Alice e Deserto feliz, o programa dá espaço para as produtoras brasileiras mostrarem seus projetos e captarem recursos com a montagem de um estande no festival, com a realização de eventos, distribuição de catálogos, anúncios, projeção de filmes e outras atividades de marketing.
De acordo com o presidente do programa, André Sturm, espera-se que Berlim renda pelo menos dez vendas de filmes brasileiros (o que representará pelo menos US$ 300 mil), e, no mínimo, um contrato de co-produção. ?É difícil fazer previsões de negócios, pois muitas vezes um contrato de co-produção demora até um ano?, afirma Sturm.
Com apenas um ano de vida, o programa, uma iniciativa do Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo (Siaesp), da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e do Ministério da Cultura, já conseguiu fechar mais de 10 contratos de co-produção com outros países e conta com cerca de 50 projetos em negociações avançadas.
Esta é a segunda participação do Programa Cinema do Brasil no Festival de Berlim. Segundo Sturm, já se nota uma diferença em relação à primeira. ?As pessoas estão muito mais interessadas em saber sobre as produções brasileiras e as oportunidades de negócios?, garante.
