Pelo segundo ano consecutivo, o Festival de Berlim celebrou a força do cinema sul-americano. No ano passado, o vencedor do Urso de Ouro foi o filme brasileiro Tropa de Elite, de José Padilha. Neste ano, houve uma dupla – ou quádrupla, ou quíntupla – vitória das cinematografias de Latino América. Os dois filmes latinos da competição – o peruano La Teta Asustada, de Claudia Llosa, e o uruguaio Gigante, de Adrián Biniez – ganharam cinco prêmios.

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O drama uruguaio ganhou o prêmio de melhor filme de diretor estreante, o Alfred Bauer – que contempla uma obra inovadora, dividido com Tatarak, do veterano Andrzej Wajda – e também dividiu um terceiro prêmio, o Urso de Prata relativo ao Grande Prêmio do júri (e, desta vez, o outro agraciado foi o alemão Alle Anderen/Everyone Else, de Maren Ade). Claudia somou ao seu Urso de Ouro de melhor filme o prêmio da Fipresci, Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica. É raro que um mesmo filme consiga ganhar os prêmios do júri e da crítica.

A felicidade de Claudia era compartilhada por Adrián Biniez. Ao subir pela terceira vez ao palco do Berlinale Palast, o palácio do festival, o jovem diretor já não sabia mais a quem agradecer. Podem-se discutir as escolhas do júri presidido pela atriz Tilda Swinton, mas não faltaram coerência nem conceito à premiação. O júri fez uma clara opção pelos novos talentos e pelo cinema mais independente.

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