O Festival Amazonas terá cinco óperas em sua décima sétima edição, que começa em abril. A largada será com “O Rei Roger”, de Karol Szymanowski, em primeira audição no Brasil. Mas os olhares estarão voltados principalmente para as homenagens aos compositores Giuseppe Verdi e Richard Wagner, no ano de seus bicentenários. Do primeiro, o festival vai apresentar “O Baile de Máscaras”; e, do segundo, sua última ópera, “Parsifal”. Completam a programação “As Aventuras da Raposa Astuta”, de Leos Janácek, e “O Morcego”, de Johann Strauss Filho.

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A programação é a mais ambiciosa dos últimos anos, seja no número de espetáculos, seja na escolha das óperas. Em um momento em que tanto o Municipal do Rio quanto o de São Paulo passam por momentos importantes de transição, coube a Manaus, por exemplo, o desafio de encenar “Parsifal”. Da mesma forma, o festival reforça a sua vocação de celeiro de cantores e, ao lado de veteranos da cena lírica brasileira, espalha nomes novos pela programação.

“O Rei Roger”, ópera de 1926, será apresentada em versão de concerto nos dias 14, 18 e 20 de abril. A regência será do diretor artístico do festival, o maestro Luiz Fernando Malheiro, à frente da Amazonas Filarmônica, e o elenco terá o barítono Marcin Bronikowski, a soprano Olga Trifonova (que atuou recentemente no Municipal de São Paulo em “O Rouxinol”, de Stravinski), os tenores Juremir Vieira e José Luis Sola, o baixo Pepes do Valle e a meio-soprano Denise de Freitas.

De 16 de abril a 1.º de maio, “O Baile de Máscaras” também será apresentado em versão de concerto, mais uma vez com Malheiro na direção musical e regência, mas com a Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica no fosso do teatro. O elenco é brasileiro: Paulo Mandarino, tenor, vive Riccardo; Daniella Carvalho, soprano, será Amelia; Leonardo Páscoa, barítono, Renato; e Andreia Souza, meio-soprano, interpreta Ulrica.

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“As Aventuras da Raposa Astuta”, de Janácek, será a primeira montagem completa do festival, assinada pelo diretor William Pereira – dias 28 e 30 de abril e 2 de maio. No elenco, o barítono Homero Velho, a meio-soprano Denise de Freitas, as sopranos Maíra Lautert e Isabelle Sabrié e o tenor Flávio Leite, entre outros. A direção musical e regência, à frente da Amazonas Filarmônica, ficam a cargo do maestro Marcelo de Jesus, diretor artístico adjunto do festival.

“Parsifal”, de Wagner, estreia no dia 6 de maio e terá récitas também nos dias 19 e 22. A ópera, de certa forma, encerra um ciclo wagneriano responsável por colocar Manaus definitivamente no mapa dos festivais internacionais. De 2002 a 2005, o evento foi responsável pela produção da primeira montagem brasileira da tetralogia “O Anel do Nibelungo”; trouxe da Alemanha, em 2007, o diretor Christoph Schlingensief para uma controvertida encenação de “O Navio Fantasma”; e, em 2011, encenou “Tristão e Isolda”, estreia da soprano Eliane Coelho no papel.

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O encerramento do festival, nos dia 26 de maio, será com “O Morcego” (regência de Jesus e direção de William Pereira), que será encenada ao ar livre, no Largo de São Sebastião. A programação inclui ainda recitais e uma homenagem ao centenário do compositor inglês Benjamin Britten, em concerto no qual a Orquestra de Câmara do Amazonas, o tenor Juremir Vieira e a soprano Isabelle Sabrié interpretam obras como a “Serenata para Tenor e Trompa” e “As Iluminuras”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.