Fernanda Lima estréia em novela já como protagonista

Certa vez, a modelo Fernanda Lima ouviu um conselho do pai, o advogado Cleomar Antônio, que pretende seguir para o resto da vida: "Minha filha, você não é melhor do que ninguém. Abaixe a cabeça quando tiver de abaixar e só a levante quando tiver de levantar". Às vésperas de estrear em novelas, como a implacável Diana Bullock de Bang Bang, Fernanda tem seguido à risca a recomendação paterna. "Meu pai sempre disse para eu manter os dois pés no chão. Por isso, sempre inicio um novo trabalho com o mesmo profissionalismo e humildade de sempre", avisa.

Com profissionalismo e humildade, a gauchinha de 28 anos construiu uma trajetória meteórica na tevê. Em menos de seis anos, passou de apresentadora da MTV a atriz da Globo. A estréia na nova emissora aconteceu no início do ano, quando substituiu Angélica no Vídeo Game. Agradou tanto que foi convidada pelo diretor Ricardo Waddington para encabeçar o elenco de Bang Bang, a próxima novela das sete. "Ser atriz nunca fez parte dos meus planos. Só comecei a pensar nisso quando o Daniel Filho me chamou para fazer A Dona da História", confessa.

Em Bang Bang, escrita por Mário Prata, Fernanda vai interpretar a valente Diana Bullock. Filha do fazendeiro Paul Bullock, vivido por Mauro Mendonça, ela se apaixona pelo pistoleiro que pretende matar seu pai: o misterioso Ben Silver, de Bruno Garcia. Para fazer a novela, Fernanda teve aulas de luta e montaria, assistiu a clássicos do "western" e gravou no Deserto do Atacama, no Chile. "Gravar a 4 mil metros de altitude mexe com os nervos de qualquer um. Uma corrida de dez metros parecia uma maratona", jura.

P – Como você se sente a menos de um mês para a estréia de Bang Bang?

R – Estou sentindo um misto de alegria, ansiedade e desespero… (risos) Mesmo assim, acho que a minha estréia vai acontecer no momento mais do que adequado. Sinto que vai dar tudo certo… Pelo menos, o diretor Ricardo Waddington anda convencido de que posso fazer um bom trabalho.

P – Mas você não fica receosa de estrear logo como protagonista?

R – Ser atriz nunca fez parte dos meus planos. Só comecei a pensar nisso quando o diretor Daniel Filho me chamou para participar do filme A Dona da História. Interpretar ainda é algo novo para mim. Sou totalmente inexperiente. Mas acho que vai ser legal porque a Globo está acreditando em mim.

P – Mesmo assim, você pretende investir na carreira de atriz?

R – Pois é. Essa novela vai servir para eu me avaliar como atriz. O fato de aceitar fazer Bang Bang não significa que vá fazer outras novelas. Pode ser que o tal bichinho da interpretação me contagie. Pode ser que não. Às vezes, pinta uma insegurança danada. No fundo, não é fácil ocupar um papel que poderia ser de uma atriz profissional. Na verdade, ainda não me considero uma atriz. Mas tenho boa vontade suficiente para querer fazer bonito. Se não fosse assim, ficaria em casa.

P – Em sua estréia em novelas, já sentiu algum preconceito pelo fato de ser modelo?

R – Na prática, muito pouco. Sempre inicio um novo trabalho com muita humildade e profissionalismo. As pessoas lidam comigo numa boa. No vídeo, sempre tento ser o mais natural possível, procuro falar as palavras certas e, principalmente, controlar o meu sotaque gaúcho… Há coisinhas, como os "tri" e os "bá", por exemplo, que tenho procurado evitar… (risos).

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