Foto: Divulgação |
Cena do documentário Favela Rising. continua após a publicidade |
Em 1993, um grupo de extermínio com cerca de 50 homens encapuzados invade a favela de Vigário Geral, no Rio de Janeiro, e mata 21 pessoas.
Em 2005, na mesma favela carioca, um grupo de música com 50 projetos sociais, nove bandas, duas trupes de circo e um teatro é reconhecido internacionalmente, ao ser protagonista de um documentário vencedor de um prêmio no Festival de Cinema de TriBeCa, em Nova York.
Trata-se de Favela Rising, documentário que estreou ontem nos cinemas brasileiros, no qual os americanos Jeff Zimbalist e Matt Mochary mostram a trajetória do AfroReggae, grupo que há 12 anos faz da música e de outros trabalhos culturais/sociais um caminho contrário ao do narcotráfico que alista e condena diariamente o destino de milhares de meninos e meninas dos morros cariocas.
Com trabalhos como o do AfroReggae, parte dos jovens tem conseguido, a partir das artes, se afastar do tráfico. No filme, os cineastas conversam ainda com Leandro Firmino da Hora, o Zé Pequeno de Cidade de Deus, também na favela.
Favela Rising tem como personagem principal Anderson Sá, morador de Vigário Geral que presenciou a chacina de 1993, e um dos responsáveis pela criação da banda e do grupo cultural AfroReggae. Sua história de vida serve como fio condutor dessa história de superação.
O filme derrapa apenas na forma exagerada de narrar a história. Os jovens diretores americanos, Jeff Zimbalist e Matt Mochary, não economizaram recursos para chocar o público. Também confundem algumas canções na trilha sonora. Põe, por exemplo, uma Maria Bethânia para mostrar um show do Afro-Reggae que reuniu 80 mil pessoas, segundo o filme.