Os distribuidores nos Estados Unidos do controvertido documentário “Fahrenheit 9/11” de Michael Moore, ganhador da Palma de Ouro em Cannes, apresentaram um recurso contra a decisão de proibir o filme para menores de 17 anos desacompanhados por adultos.
A Motion Picture Association of America (MPAA) classificou o filme, que desnuda as relações comerciais entre a família do presidente George W. Bush e os Bin Laden, na categoria “R”, o que foi descrito pelo cineasta como “uma decisão totalmente injustificada”.
Entre outras imagens chocantes, o documentário mostra cadáveres de militares americanos queimados no Iraque e cenas de maus-tratos de presos iraquianos por soldados das forças de ocupação.
Moore destacou que “os mesmos jovens que não podem ver o filme serão recrutados dentro de pouco tempo para prestar serviço no Iraque”. O documentário estreará dia 25 próximo, encerrando uma disputa entre o cineasta e o grupo Walt Disney, que se recusou a distribuí-lo devido ao seu conteúdo. Após muitas negociações, os irmãos Weinstein, fundadores da Miramax, compraram o filme e assumiram a distribuição.
