Os últimos três anos têm sido intensos para o produtor australiano Harley Edward Streten, que responde pelo nome de Flume, o vencedor do Grammy de melhor disco de música eletrônica em 2016. Sozinho no palco Axe, ele será o responsável por dividir as atenções do último horário do Lollapalooza no domingo, 26, com os roqueiros do Strokes. Suas batidas límpidas contra as guitarras sujas. Em entrevista ao Estado, Streten fala sobre o sucesso recente e sobre a curiosa inaptidão para dançar as próprias músicas.

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Depois desses três anos bastante agitados. Qual é o lugar que você chama de ‘lar’hoje em dia?

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Atualmente, moro em Los Angeles, alugo um lugar aqui. Mas definitivamente ainda chamo Sydney, na Austrália, de ‘lar’. Tenho viajado muito, mas nos últimos tempos fui capaz de passar dois meses lá. Depois de tanto viajar pelo Hemisfério Norte, decidi ficar em Los Angeles, mas minha casa é em Sydney.

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As coisas vão mudar ainda mais depois desse Grammy.

Sem dúvida. Acho que agora inicio um novo capítulo. Tudo está sendo levado para um outro nível. Estou ansioso para lançar meu novo disco (o EP Skin Companion EP 2, que saiu em 17 de fevereiro), que têm colaborações vocais mais sombrias.

A noite do Grammy pode ser descrita com uma palavra?

Sim, claro! Surreal.

Sendo um ‘projeto de um homem só’, trabalhando no notebook, é possível gravar em qualquer lugar, qualquer momento. Isso funciona para você?

Vou dizer a verdade, eu tive muita dificuldade no início, em criar músicas durante essas turnês. De alguma forma, eu não me sentia livre, sentia muita pressão. É claro, é ótimo fazer shows, ganhar reconhecimento pelo seu trabalho, mas isso pode ser difícil também. Precisei tirar um tempo para conseguir compor.

Fazer música eletrônica credencia você como um bom dançarino?

(Risos). Faço música dançante sem saber dançar. Mostro meus passos mesmo assim.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.