Exposição relembra o ídolo Ayrton Senna

Difícil não lembrar daquele dia 1º de maio de 1994, um domingo. Ayrton Senna, tricampeão de Fórmula 1, bateu a mais de 300 km/h na curva Tamburello, do Autódromo de Imola. Quem estava assistindo à corrida pela televisão prendeu a respiração, torceu, rezou e esperou pelo pior. Senna estava morto. O País se mobilizou para velar seu mito. Foi triste.

Mas transformar a dor em criação artística é o que o Instituto Ayrton Senna propõe, a partir de hoje, com a exposição Arte para um Mito, no Conjunto Nacional, em São Paulo. A mostra irá comemorar os 15 anos de existência do instituto, o aniversário do piloto (ele faria 49 anos) e os 50 anos do Conjunto Nacional. A curadoria é dos artistas Paulo Solaris e Angelo Iacocca.

A exposição vai até o dia 30 de maio e conta com esculturas e pinturas assinadas por 50 artistas, um para cada ano de existência do Conjunto Nacional. Entre os convidados, estão Carlos Borsa, Cláudio Tozzi, Fátima Ricco, Hélio Bastos Júnior, Heloize Rosa, Inga Matz e Cecília Centurion. “Na verdade, os artistas se engajaram nesta homenagem. Não foi uma simples encomenda”, diz o curador Solaris.

No entanto, o mais representativo é o trabalho das entidades assistencialistas que também integram a mostra, como a Apae, o Graac, o Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural e a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual. O próprio Instituto Ayrton Senna apresentará uma obra, batizada de ‘A Cena’, concebida por 10 dos seus alunos. Trata-se de um capacete feito em papel machê com 365 bandeiras brasileiras e 365 bonecos. A escultura destaca os valores cultivados por Senna, como o amor pelo Brasil, a dedicação ao trabalho e a sua determinação.

Uma escultura de três metros de altura, de Solaris, representa a vitória de Senna nas pistas de Fórmula 1 de todo o planeta. Mesmo após o fim da exposição, a escultura permanecerá no Conjunto Nacional. Solaris é conhecido por ter o mundo automobilístico como inspiração – o piloto já foi o motivo de várias obras do artista plástico. A mostra é um ótimo programa para os fãs do piloto, os amantes da Fórmula 1 e também para as novas gerações, que não assistiram às corridas do ídolo. A entrada é gratuita.

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