Exposição imperdível de Tarsila Amaral no MON

O Museu Oscar Niemeyer (MON) está proporcionando uma oportunidade rara e imperdível ao público curitibano.

Está em cartaz no local, até o próximo dia 5 de outubro, a exposição Percurso afetivo – Tarsila, que reúne 57 trabalhos da artista Tarsila do Amaral (1886-1973), considerada uma das mais representativas pintoras brasileiras e figura emblemática para a compreensão do Modernismo no País.

Entre os artigos expostos, estão pinturas, desenhos, gravuras, esculturas e objetos de uso pessoal da artista, como pincéis, espátulas, cadernos de desenho, binóculo e agenda de telefones. A obra de maior destaque é Antropofagia, produzida em 1929.

Procissão, de 1954 (com sete metros de comprimento, a obra nunca foi exposta fora de São Paulo por ser muito grande), a segunda versão de A negra, iniciada em 1940, e o Estudo para a negra, em nanquim sobre papel, são outras importantes surpresas da mostra.

A exposição do MON é caracterizada como a primeira mostra individual de Tarsila do Amaral no sul do Brasil.

Além do acervo da família da artista, a mostra reúne pinturas e desenhos vindos de importantes coleções como Nemirovsky, Rodrigo Jacques Perroy, Roberto Marinho, Paulo Kuczynski, Pinacoteca de São Paulo, e dos museus de Arte Contemporânea e de Arte Moderna de São Paulo, entre outros.

Segundo o curador Antonio Carlos Abdalla, as exposições individuais da artista são bastante raras, pois Tarsila é, entre as pintoras brasileiras, a mais requisitada para mostras nacionais e internacionais.

?Há uma dificuldade muito grande em se conseguir as obras de Tarsila. As que estão em exposição no MON são de dezesseis coleções, tanto de acervos de museus, quanto de familiares da artista e particulares do Rio de Janeiro e de São Paulo. A mostra é caracterizada como um recorte emocional e íntimo da vida de Tarsila. Embora tenha uma certa ordem cronológica, isto não é o mais importante na exposição?, declara.

Esta, sem dúvida, é uma ocasião rara para se ver as obras de Tarsila em uma exposição individual, de conceito biográfico-documental.

A exposição foi montada a partir da descoberta de um documento importante, o Diário de Viagem, datado de 1926, que tem desenhos e impressões de viagens que Tarsila do Amaral fez pelo Brasil e pelo exterior.

A primeira exibição das obras aconteceu em 2006, quando se comemorou 120 anos do nascimento da artista, na Bolsa de Mercadoria & Futuros (BM&F) de São Paulo. Pelo local, passaram cerca de 24 mil pessoas. ?Na BM&F, a mostra foi apresentada de forma reduzida. Em Curitiba, ela já está bastante ampliada?, afirma Antonio.

Percurso afetivo conta com o patrocínio da Copel e da Compagas, com apoio do Ministério da Cultura, governo do estado do Paraná e Caixa Econômica Federal.

A artista

Tarsila é uma figura emblemática para a compreensão do Modernismo no Brasil e de tudo o que se seguiu a ele. Formando o chamado ?Grupo dos 5?, ao lado de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti e Menotti del Picchia, a artista tem seu nome registrado na história da arte brasileira como a vanguardista.

A partir do final dos anos 1920, envolvendo-se de forma direta nos movimentos Pau-Brasil e Antropofágico, ?ajuda a dar um contorno único e especial à cena cultural brasileira?, afirma o curador.

Serviço

Percurso Afetivo- Tarsila. Em cartaz até 5 de outubro, no Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico). De terça a domingo, das 10h às 18h. Ingresso: R$ 4,00 e R$ 2,00 (estudantes). 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo