As fotógrafos Charly Techio, Denise Bellani e Tânia Buchmann, de Curitiba, expõem seus trabalhos no Museu de Arte de Cascavel (MAC), de 29 de novembro a 27 de janeiro. "São trabalhos contemporâneos, carregados de simbologias", explica o coordenador de Artes Visuais da Secretaria da Cultura, Jéferson Kaibers.
Charly Techio apresenta a pesquisa "In Memorian", na qual faz uma abordagem poética sobre a morte e sobre as memórias póstumas. A artista utiliza uma técnica inusitada para retratar cemitérios, túmulos e lápides: as fotografias foram feitas com uma peça de vidro arredondado à frente da lente fotográfica, fazendo com que "a imagem se pareça com um olho", revelando uma visão do eterno.
Os trabalhos, segundo a fotógrafa, são uma homenagem aos homens e mulheres que já atravessaram esta "inevitável passagem", aqueles que fizeram e construíram o passado para que nós, hoje, possamos viver o presente, o agora. "Tudo depende da visão que cada um tem da morte. Para mim, não significa o fim, mas uma passagem", diz ela.
Tânia Buchmann apresenta "Transitions", exposição na qual ela tira a fotografia da rotina, dando à técnica outros objetivos. Trabalha com uma temperatura de cor mais densa, e gosta de cores saturadas, tendo uma linguagem própria. "São imagens distorcidas, uma espécie de vertigem e alucinação, em que a fotógrafa busca reeducar o olhar", frisa Kaibers.
Já Denise Bellani apresenta "Carrossel do destino". As imagens desta série foram vem sendo produzidas desde 2004, inspiradas nos versos da canção de mesmo nome do álbum "Lunário Perpétuo", de Antônio Nóbrega. Os versos "Licença, que eu vou rodar no Carrossel do Destino" remetem, entre outras associações possíveis, aos encontros e desencontros amorosos, previsões, cartomancia, vidências. Este universo é muito forte na cultura popular brasileira e foram suas cores vibrantes e símbolos misteriosos que inspiraram o ensaio "Carrossel do Destino". O evento é uma promoção da Prefeitura de Cascavel, através da Secretaria da Cultura e Museu de Arte de Cascavel (MAC).
