Evento presta homenagem a Claudio Seto

O ilustrador, cartunista e artista plástico Claudio Seto – que morreu em novembro do ano passado, aos 64 anos de idade, e realizou diversos trabalhos para O Estado e para a Tribuna do Paraná – será homenageado na noite de hoje. Uma sala com seu nome será inaugurada no Centro Cultural Japonês Tomodachi, localizado no bairro São Francisco, em Curitiba. Em paralelo, vinte obras de Seto, referentes a mangá (quadrinho tradicional japonês), serão expostas.

“Conheci o Seto quando cheguei em Curitiba, no ano de 2006, e acredito que ele foi um grande interlocutor da comunidade nipônica. Em vida, fez sempre uma ponte entre o Ocidente e o Oriente, não ficando fechado a um único aspecto da cultura japonesa. É uma pessoa insubstituível e, por isso, resolvemos homenageá-lo colocando seu nome em uma de nossas salas”, afirma a diretora geral do Centro, Lina Saheki.

A inauguração da sala acontece em meio à realização da I Semana da Cultura Pop Japonesa de Curitiba, que vai até o próximo dia 24. No período, além da mostra dos desenhos de Seto, acontecerão exposições e palestras sobre a cultura pop japonesa. Serão abordados temas como cosplay (fantasias de personagens de filmes, desenhos e quadrinhos), animês (animação japonesa), mangá, fanzines (histórias desenhadas por fãs de mangá), entre outros. Todas as atrações têm entrada franca.

“Os eventos que compõem a semana são, em sua maioria, acadêmicos. São voltados para todos que querem conhecer melhor e se interessam pela cultura pop japonesa, um fenômeno social de bastante destaque na atualidade. Porém, o principal público-alvo são os jovens, sejam eles descendentes ou não de japoneses”, declara Lina.

Para mais informações sobre o Centro Cultural Japonês Tomodachi, que fica na Rua Jaime Reis, 28, é possível acessar o site www.tomodachi.com.br ou ligar para (41) 3022-3477.

Vida

Claudio Seto teve uma carreira ilustre como artista plástico. Com nove anos, foi para o Japão estudar em um templo zen. Nos finais de semana, visitava o estúdio de Osamu Tezuka, considerado o “pai” do mangá. Com dezessete anos, retorna ao Brasil e trabalha como desenhista publicitário em Lins (SP), tornando-se autor de histórias em quadrinhos.

Em 1975, Seto se mudou para Curitiba e começou a trabalhar como pesquisador na Fundação Cultural e no Memorial da Imigração Japonesa, sem deixar de manter sua produção artística. Idealizador do festival Matsuri de cultura japonesa, que acontece todos os anos na capital, o artista foi o introdutor no Brasil do estilo mangá e pioneiro nas histórias de ninjas e samurais. Alguns de seus personagens atingiram grande sucesso, como Maria Erótica, que chegou a ter até uma revista própria. Ao longo de sua carreira, acumulou diversos prêmios, como o de Grande Mestre do Quadrinho Brasileiro e Pioneiro e Mestre do Mangá no Brasil, pela Associação dos Desenhistas de Mangá e Ilustradores.

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