EUA e França relembram Heitor Villa-Lobos

Três dias depois do aniversário de 50 anos da morte do compositor Heitor Villa-Lobos, a Sinfônica de Miami abre hoje um festival dedicado ao compositor. Com regência do maestro Luiz Fernando Malheiro, diretor do Teatro Amazonas, a orquestra interpreta A Floresta do Amazonas, as Bachianas Brasileiras nº 5 e o Momoprecoce. Os solos são da soprano Edna D’Oliveira e da pianista Simone Leitão, idealizadora da Brazilian Classical Series, realizada na Flórida. Também esta semana instituições francesas anunciaram a realização de concertos com artistas brasileiros e europeus para homenagear o compositor.

Em Paris, onde Villa-Lobos esteve duas vezes nos anos 20, conhecendo artistas como Pablo Picasso e Igor Stravinski, as homenagens começaram na terça-feira, com a interpretação da Missa de São Sebastião do compositor. Na semana que vem, o destaque inicial é para a apresentação, no grande salão dos Invalides, de trechos da ópera Yerma, baseada na poesia do espanhol Federico García Lorca. No dia 30, será a vez do violonista Fábio Zanon interpretar algumas das principais criações do autor para o instrumento, fundamental em sua trajetória criativa.

De 11 a 13 dezembro, a Rádio Nacional da França vai dedicar todo um fim de semana a transmissões de obras do compositor; já a Orquestra Nacional da França, também no dia 11, promove concerto com algumas das Bachianas e as Danças Africanas. No dia 12, o violonista Yamandu Costa participa das homenagens, assim como a pianista Cristina Ortiz, que se apresenta ao lado do violoncelista Antonio Meneses. Um dia depois, é a vez da pianista Sonia Rubinsky abrir concerto dedicado aos Choros do compositor. Rubinsky terminou, no início do ano, a gravação da integral da obra pianística do compositor – e com ela ganhou recentemente o Grammy Latino por esse trabalho.

“Villa-Lobos é um compositor capaz de conseguir um amálgama de muitas correntes de sua época como: nacionalismo (com peças que utilizam o folclore brasileiro em sua totalidade), neoclacissismo (Bachianas Brasileiras), experimentalismo (criatividade com relação à orquestração e à estrutura), exotismo e individualismo (em seus títulos, em suas soluções harmônicas, como também em seus procedimentos composicionais)”, diz a pianista. A série de homenagens se encerra com um colóquio dedicado à obra do compositor na Sorbone, nos dias 14 e 15 de dezembro.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo