Às 17h, a fila em frente ao principal auditório vibrava excitação e ansiedade. O espaço, com 3,5 mil lugares, estava cheio. Para alguém entrar, era preciso que alguém saísse. E era pouco provável que alguém deixasse seu lugar pouco antes do último e mais esperado painel dos quatro anos da Comic Con Experience, evento dedicado à cultura pop que tomou o São Paulo Expo desde quarta, 6, encerrado no domingo. Ao todo, foram 227.451 pessoas em quatro dias. A Comic Con de San Diego, a mais famosa do mundo, atrai 156 mil pessoas.
No auditório era exibido “Bright”, o novo filme da Netflix, que estreia dia 22, dirigido por David Ayer. E veio Will Smith. O astro do filme de Ayer, com quem trabalhou em “Esquadrão Suicida”, atravessou uma passarela sobre o público para uma entrevista ao vivo para o site Omelete, organizador do evento. No caminho, Will era só sorrisos. Se havia uma tensão nos bastidores sobre o comportamento do astro – estrelas de Hollywood, afinal, são sempre imprevisíveis -, isso logo acabou. “Will! Will! Will!”, gritavam – e era possível ouvir de dentro do auditório. O ator distribuiu sorrisos, entregou regalos e acenos para o público. Entrevista feita – e era possível acompanhá-la pelo vidro -, Smith voltou pelo caminho, saudado pela multidão.
“Bright” já estava no fim quando os gritos voltaram do lado de fora. Logo, Smith estaria no palco do painel ao lado de Ayer e Joel Edgerton. E, diante da plateia, Smith é o rei. Domina o público com elogios. “Eu deveria morar aqui”, brinca, sobre a recepção acalorada. Só sorrisos, ele ainda improvisou um beat box com o público. “Eu grito ‘bra’ e vocês gritam ‘sil’.” Ele ainda rimou o tema de “Um Maluco no Pedaço”, série de humor de sucesso nos anos 1990. O público, é claro, ergueu seus celulares e registrou tudo. Por fim, Smith ainda assinou um disco de hip-hop em vinil, Homebase, lançado por ele em 1991.
“Bright” é, como Smith descreveu, “um encontro entre (os filmes) Dia de Treinamento e O Senhor dos Anéis”. “David Ayer é um dos diretores de uma lista que eu tenho. Todos os nomes ali, como Ang Lee, Michael Bay e Christopher Nolan. Se algum nome desses me chama, eu vou.” “Bright” coloca, na mesma viatura de polícia, o humano Daryl Ward (Smith) e um orc Nick Jacoby (Edgerton). Os personagens vivem em um mundo no qual orcs, humanos, elfos e fadas coexistem – e, sim, as varinhas de condão são itens poderosos. Talvez só não tão poderosas quanto o carisma de Will Smith. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.