O Projeto Canto da Cidade traz hoje ao palco do Toscana Restaurante Show uma das personalidades mais extravagantes da música popular brasileira, o artista Cauby Peixoto. Há oito anos sem cantar em Curitiba, o showman retorna com Eternamente Cauby, num repertório repleto de sucessos como Ninguém é de ninguém, Bastidores, Conceição, May Way, interpretações de Chico Buarque, Sinatra, bossa nova, samba, seresta com violões e sua produção mais recente. Agradar a todos. Esse é sentido real do espetáculo. No palco do Canto na Cidade já se apresentaram Wando e Demônios da Garoa. O cantor Fábio Júnior deve se apresentar ainda este ano.
Segundo Cauby, seu guarda- roupa até possui peças convencionais, mas gravatas brilhantes, cores vivas, camisas e calças estilizadas tomam a maior parte do espaço. ?Tenho uma relação muito forte com minhas fãs. São mulheres casadas, com filhos, pessoas sérias e que estão sempre em contato, e me ajudando. Estou com duas camisas bordadas por uma delas?, conta. O estilo irreverente, conferido a cada apresentação, garantiu o sucesso de Eternamente Cauby em São Paulo. Para hoje, fica a expectativa de outra noite especial como boa opção para o Dia dos Pais.
A história entre Cauby e a música começa logo cedo, na infância. Sobrinho do pianista Romualdo Peixoto (Nonô) e primo do sambista Ciro Monteiro, o músico aprendeu a versatilidade dos ritmos trabalhando como crooner em boates paulistas. O primeiro LP surge em 1951, com o samba Saia branca, seguido de algumas apresentações até seu futuro empresário, Di Veras, tomar conhecimento de Cauby, levando-o para gravar na Columbia o primeiro grande sucesso da carreira, a versão nacional de Blue Gardenia, famosa na voz de Nat King Cole.
Segundo Cauby, após dois anos vivendo nos Estados Unidos ele entendeu realmente a necessidade de criar um estilo. ?Aprendi a me vestir de uma forma extravagante e encarnar o artista?, afirma. Artista em plena efervescência nas técnicas de canto e na formação do próprio estilo; vivendo o ciclo dos anos 50s, época em que Elvis Presley já era ?rei? e com uma ambiciosa estratégia de marketing, Cauby tornou-se ídolo no Brasil e ganhou a capa das revistas Time e Life, que anunciavam: o Elvis Presley brasileiro.
Com roupas características e atitudes novas para aquela geração, em 1956 Cauby interpreta (Jair Amorim/ Dunga), famosa canção que dizia: ?Conceição/ eu me lembro muito bem/ vivia no morro a sonhar/ com coisas que o morro não tem…?. Rotina agitada, turnês pelo Brasil e Estados Unidos, nome fácil nas principais agendas culturais, em 1964 o Elvis tupiniquim, junto com os irmãos Moacyr (pianista), Araken (pistonista) e Andyara (cantora), abrem a boate Drink.
Após um tempo afastado das gravações, em 1980 Bastidores (Chico Buarque) e Loucura (Joanna/ Sarah Benchimol), homenageiam os 25 anos de carreira do artista com o disco Cauby! Cauby!. Em 95, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Dionne Warwick e Zizi Possi, grava Cauby canta Sinatra. Em 99, Cauby canta as mulheres, com canções com nomes femininos, como Izabella (Billy Blanco) e Lígia (Tom Jobim) reafirmam sua condição sedutora. O último álbum, Graças a Deus (2003), conquistou o prêmio Tim 2004 de melhor cantor.
Serviço:
Show privé para 500 pessoas com Cauby Peixoto no Restaurante Toscana (Av. Manoel Ribas, 5761). Abertura da casa às 20h. Mesa para casal a R$ 100 e para quatro pessoas a R$ 200 e R$ 250. Mais informações pelo telefone (41) 3273-6160.