O ator e diretor Hugo Carvana lança nesta sexta-feira (19) A Casa da Mãe Joana, seu novo longa em salas de todo o Brasil. Ele não aparece frente às câmeras. Desta vez, preferiu ficar somente atrás delas. Em seu currículo existem filmes como Vai Trabalhar, Vagabundo e Bar Esperança. O mais recente a chegar nos cinemas havia sido Apolônio Brasil, Campeão da Alegria.
A Casa da Mãe Joana é um filme que ele carrega há muito tempo. “Nos anos 60, trabalhávamos, Daniel Filho, Mièle e eu, como dubladores de filmes para TV. O trabalho deixava tempo para a praia, a paquera e a bebida. Morávamos num apartamento cedido pela família do Daniel, que era o nosso ninho de amor, a nossa casa da Mãe Joana. Era lá que fazíamos nossas farras de jovens.
Trio – José Wilker, Paulo Betti e Antônio Pedro – descobre que não tem um vintém e perderá o apartamento se não saldar uma dívida colossal. Para fazer dinheiro rapidamente, Betti põe anúncio no jornal, oferecendo-se como garoto, perdão, coroa de aluguel. Antônio Pedro volta à labuta de escrever para jornal, mas fica atado à lembrança de seu grande amor, que vive no fundo das garrafas de uísque (a exuberante Juliana Paes). José Wilker tem uma filha, que chega para despertar o desejo de Betti – um garanhão com extensa folha de serviços dedicados à sedução.
O ator e diretor já havia definido Apolônio como sua homenagem à chanchada. Na Casa da Mãe Joana, a chanchada se faz presente, mas apimentada por tanto tempero erótico que vira uma pornochanchada (ou quase). Carvana faz filmes de patota, sobre (e com) amigos, para se divertir e divertir o público. Ele espera que o desempenho da Mãe Joana na bilheteria seja melhor que o de Apolônio. E já trabalha no próximo filme, Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo, uma célebre frase do dramaturgo e roteirista Armando Costa. As informações são do Jornal da Tarde.
A Casa da Mãe Joana (Idem, Brasil/2008, 85 min.). Comédia. Direção: Hugo Carvana. Com José Wilker, Paulo Betti, Antônio Pedro, Juliana Paes, Agildo Ribeiro, Laura Cardoso, Malu Mader. 14 anos.