Adriane Galisteu se envolveu muito com a apresentação e a narração das histórias de Paixões Perigosas, série americana que reconstitui crimes passionais. Tanto que, quando ainda estava gravando o programa, que estreia hoje, às 22h, no canal por assinatura Investigação Discovery (ID), ela chegou até a botar o marido, Alexandre Iódice, contra a parede.
“Foi um trabalho tão intenso que eu sonhava com os casos, parecia uma louca. Um dia, cheguei em casa e perguntei para o Alexandre: “Você já teve vontade de matar alguém?’. Aí, ele me falou: “Acho que você está impressionada demais’”, conta ela, aos risos.
Paixão, traição e ciúme são os elementos que movem os dez episódios da série, baseada em histórias reais. Na maioria dos casos, os triângulos amorosos causam as tragédias. “A traição é a grande vilã. Só não entendo por que as pessoas não se separam. Não precisam passar por isso”, avalia Galisteu, que garante não ter nada a ver com as mulheres da série: “Nunca senti ódio ou raiva de ninguém. Claro que já vivi paixões com traição, ciúmes, relações neuróticas. Posso ter chorado ou ter feito alguém chorar, mas nunca tive sensação parecida com a dos personagens”.
Para Galisteu, uma linha tênue separa a pessoa normal daquela que é capaz de cometer um crime passional num piscar de olhos. “Eu não perco a cabeça por isso. Mas não sei se conseguiria me controlar se alguma coisa acontecesse com o meu filho (Vittorio, de 2 anos e nove meses). Acho que qualquer um pode matar por amor”, sentencia.
A apresentadora nunca tinha feito narração. “Foi difícil, mas gostei da experiência. Meu papel é ser o fio condutor da história. Narro em um tom neutro, não podia me empolgar nem me emocionar”, conta ela, que gravou em cenários que reproduziam os locais dos crimes, como um quarto, uma cozinha ou à beira de uma piscina. Ela também aparece lutando boxe, já que um boxeador também é personagem da série.
Além do Paixões Perigosas, Galisteu segue gravando o reality show Quem Quer Casar com Meu Filho, com 14 episódios, previsto para estrear em agosto, na Band. Mas o contrato com a emissora termina no fim do mês. “Minha prioridade é a Band. Visto essa camisa há cinco anos”, diz ela, que sonha com um programa de auditório, aos domingos. “Mas eles me disseram que não têm como fazer este ano”, conta.
Ela desmente qualquer negociação com o SBT: “Tenho ido lá para fazer reuniões sobre o meu perfume, que é campeão de vendas da Jequiti. Por isso, tem tanto falatório”.