Baby vive um tempo próprio. Seu cabelo, roupas, carro e a decoração do seu apartamento parecem perdidos entre os anos 50 e 80. Quase isolada do mundo, a protagonista de “É Proibido Fumar”, papel de Glória Pires, encanta pelo seu humanismo e por esse quê de decadência. Não só a personagem agrada. O longa, que estreia hoje nos cinemas do País, conquistou oito prêmios no recente Festival de Brasília, incluindo Melhor Atriz (Glória) e Melhor Ator (Paulo Miklos).
Dirigido por Anna Muylaert, de “Durval Discos” (2002), o filme mostra a vida dessa professora de violão quarentona, que vive brigando com as irmãs por um sofá e tem no cigarro seu fiel companheiro. A vida de Baby ganha outra perspectiva com a chegada do novo vizinho, o boa praça Max, interpretado por Paulo Miklos.
O atrapalhado músico conquista Baby, que a pedido dele se propõe a parar de fumar. A relação vai bem até que uma ex-namorada de Max reaparece. A partir daí, a história segue caminhos inesperados. Com ares de comédia, o filme consegue abordar temas sérios, como a culpa e a falta de comunicação, sem ficar muito pesado.
A protagonista dos sucessos Se Eu Fosse Você 1 e 2, Glória comemora sua estreia em um festival de cinema. “Foi emocionante. Desde de Durval Discos, esperava por um convite da Anna. Sete anos depois, apareceu”, fala a atriz. A diretora também festeja a escolha dos atores. “O resultado está na tela”, diz Anna. Miklos, que integra o Titãs e levou o prêmio de Ator Revelação no mesmo festival com “O Invasor” (2001), comemora o êxito de sua carreira ‘paralela’. “É sinal de que estou no caminho certo.” As informações são do Jornal da Tarde.
