Depois de exibições em festivais, como o de Cinema Latino nos EUA, o longa-metragem paranaense Onde os Poetas Morrem Primeiro, dos irmãos Werner e Willy Schumann, entra em cartaz hoje, em Curitiba.
Descrito como uma sátira às comédias românticas, o filme é baseado no livro O Tribunal, do escritor paulista Álvaro Alves de Faria, e conta a história de Guido (Marcos de Góes), um poeta que entra em crise depois de romper com a namorada, Charlotte (Maíra Weber). Para piorar, ele está sendo pressionado por sua editora para concluir o seu segundo romance, depois de fazer sucesso com o livro de estréia. Guido canaliza toda a sua dor para a obra em gestação, enquanto Charlotte procura um novo namorado, com a ajuda de uma amiga.
“Este é o nosso filme mais pop, pois tem agradado mais ao público do que à crítica”, contam os diretores. “Tudo é mostrado com ironia, a começar pelo título. Queremos mostrar que nem os poetas resistem à pressão de uma separação, e que no final das contas o que vale mesmo é a máxima de Roberto Freire: ame e dê vexame.”
Para o crítico Hank Sartin, do jornal Chicago Reader, “o escritor transforma o rompimento numa peça de literatura kafkiana”. Ele menciona ainda o estilo peculiar dos paranaenses: “Eles gostam de brincar com ângulos típicos de filmes de arte e cortes secos”. O elenco conta com Marcos de Góes, Maíra Weber, Raquel Rizzo, Sílvia Monteiro, Danilo Avelleda, Paulo J. Friebe, Luiz Carlos Pazzelo, Célia Ribeiro e o americano Jeff Beech.