A estreia de “Eclipse”, terceiro filme da saga “Crepúsculo”, ontem, fez com que os fãs gritassem pelo abdômen tanquinho de um dos astros, suspirassem pelas falas românticas de outro e corressem para disputar as melhores cadeiras nos cinemas paulistanos. A euforia, porém, não foi passageira, mas reflexo de um movimento quase fanático.

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Os doidos pelos vampiros adolescentes da série de livros e longas-metragens vivem (alguns quase literalmente) a história do sugador de sangue Edward, de sua companheira humana, Bella, e do lobisomem Jacob. Alguns se vestem como eles, outros adotam ‘valores’ do romance (que apenas no País vendeu mais de 4,5 milhões de livros). Há ainda as meninas que sonham com os galãs e as que terminam com o namorado que não entende o ‘vício’ na saga.

A bancária Ana Paula Pereira Ribeiro, de 22 anos, por exemplo, gosta de usar as mesmas roupas e joias que as figuras do filme. Ela é adepta do que chamam de cosplay. E, anteontem, por volta das 20 horas, se postou, trajada como Alice Cullen, irmã do protagonista, na frente do cinema do Shopping Campo Limpo, na zona sul da cidade, onde “Eclipse” estreou à meia-noite. Ana usa uma lente meio esverdeada e amarelada para ficar com aquele “olhar de vampiro”.

Ana, que virou fã no ano passado e leu os quatro livros da saga em uma semana, é integrante do fã-clube Twilight Universe. Há ao menos cinco grupos do tipo na cidade. “Só nós temos mais de mil fãs”, diz Herika Sabioni, de 26 anos, presidente do Twilight Fans. “A maioria dos membros é de adolescentes”, conta Herika. “Mas há alguns mais velhos, como eu.” Os integrantes se reúnem para discutir assuntos como quais trechos dos livros faltaram nos filmes, se Edward é melhor que Jacob e a vida pessoal do ator Robert Pattinson, que interpreta o protagonista.

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