Em sua última apresentação deste ano, a São Paulo Companhia de Dança leva ao palco um programa com três obras do repertório do grupo, que estrearam entre 2009 e 2010. São elas “Theme and Variations” (1947) e “Tchaikovsky Pas de Deux” (1960), ambas do russo George Balanchine, e “Gnawa” (2005), do espanhol Nacho Duato. Todos os bailarinos da trupe, cerca de 40, entrarão em cena em uma ou mais coreografias.

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A sessão começa com “Theme and Variations”. Ao longo de pouco mais de 20 minutos, 26 bailarinos fazem uma espécie de homenagem à dança de salão, levando os espectadores a um período anterior ao século 19. “É um balé clássico de tutus, dançado com sapatilhas de ponta e tudo”, explica Inês Bogéa, diretora da SPCD. Com o grupo todo em cena, acontece a polonaise, momento em que todos dançam juntos, numa diagonal. “É uma grande dança de casais”, destaca Inês.

Na sequência, um duo de bailarinos apresenta “Tchaikovsky Pas de Deux”. A peça de oito minutos exige um primor técnico dos dançarinos e aposta na velocidade dos movimentos. Mesclando o estilo clássico e neoclássico, a obra faz um tributo ao balé romântico. “Enquanto dançam, eles formam um par que se entrega, mas, ao mesmo tempo, eles se mantêm independentes”, diz.

Encerrando o programa, “Gnawa” é inspirada no universo étnico e religioso de uma confraria mística muçulmana do norte da África. “É um balé que trata da relação entre o homem e o universo”, informa diretora. Para os mais de 20 bailarinos no palco, o desafio é dar conta de uma série de rotações e saltos. “A peça une o clássico ao contemporâneo”, explica.

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A composição do programa tem a intenção de oferecer danças de diferentes estilos. Para Inês, é uma forma de agradar a todos os públicos, além de criar uma espécie de panorama dessa arte. “É um jeito de mostrar um pouco de história da dança sem fazer isso de forma teórica”, diz. “Também consideramos o fato de estarmos perto das festividades de fim de ano”, revela.

Para 2012, o grupo, criado em 2008 pelo governo do Estado, deve estrear quatro coreografias. Em março, chegam aos palcos uma peça criada pelo coreógrafo Rodrigo Pederneiras, do Grupo Corpo, e a remontagem do solo “101”, de Eric Gaultier. No segundo semestre, estão previstas remontagens de “In the Middle of Somewhat Elevated”, de Willian Forsythe, e a suíte do balé “Dom Quixote”, de Marius Petipá. As informações são do Jornal da Tarde.

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São Paulo Cia de Dança – Teatro Bradesco (Rua Turiaçu, 2.100). Tel. (011) 4003-1212. Hoje, às 21h. Ingressos: de R$ 30 a R$ 90. 90 minutos. Livre.