“Nara” é um espetáculo musical? Sim. Mas não da mesma estirpe dos musicais da Broadway – com luzes especiais e cenários grandiosos. Segundo a própria idealizadora e atriz principal, Fernanda Couto, 42 anos: “Nara é um musical de câmara. Pequeno, intimista, delicado”, ela diz.
O espetáculo sobre a trajetória da musa da bossa nova Nara Leão (1942-1989) estreia amanhã, no teatro Augusta, em São Paulo. Na peça, flashes sobre a vida pessoal e profissional da cantora. “Cada passagem é acompanhada por uma canção ou um pedacinho de canção”, conta Fernanda. “Foi difícil escolher o repertório. Ela tem uma obra muito diversificada e ampla”, completa.
No repertório da peça, 20 canções interpretadas por Nara. Entre elas, clássicos como “Insensatez” (Jobim & Vinícius), “Diz Que Fui Por Aí” (Zé Ketti), “A Banda” (Chico Buarque) e outros. “Muita gente só identifica a Nara como aquela cantora de bossa nova, com a voz delicadinha, cantando coisas românticas e até inocentes. Mas ela fez muito para o samba de morro, a música de protesto e até pelo tropicalismo”, explica Fernanda.
A atriz divide o palco com três músicos-atores (Rogério Romera, Sílvio Venosa e Rodrigo Sanches) – que além de tocar seus respectivos instrumentos se revezam em papéis de amigos, amores e artistas que passaram pela vida de Nara. “Nós temos momentos de Nara com seu grande amigo Roberto Menescal, seus amores Ronaldo Bôscoli, Cacá Diegues e muitas outras figuras”, destaca Fernanda. As informações são do Jornal da Tarde.
Nara – Teatro Augusta. Rua Augusta, 943. Tel. (011) 3151-4141. Temporada: quartas e quintas-feiras, às 21 horas. Ingressos: R$ 30.
