O Museu Oscar Niemeyer abre amanhã a exposição Donguri- esculturas de Kimi Nii. Consagrada por seu trabalho em cerâmica de alta temperatura, a artista introduz nesta mostra uma novidade: a madeira. Donguri reúne 80 trabalhos em cerâmica e uma versão em madeira Giroforma, obra em grande formato, com 2,70m de altura e 2,70m de diâmetro. Farias lembra que a introdução da madeira na produção da artista incluiu a realização de novos procedimentos.
?Enquanto a argila vem do chão e o trabalho se dá na dimensão da mão, a madeira exige também os braços, o corpo, porque é matéria de expansão vertical como as árvores?, afirma o crítico. A exposição conta ainda com outra série Dimantes, constituída de relevos de parede, feitos em cerâmica com formas pontiagudas, dispostos de maneira contínua em grande painel, ou divididos em pequenos grupos.
Kimi Nii nasceu em Hiroshima, no Japão, em 1947, dois anos após o ataque com a bomba atômica. A artista chegou ao Brasil em 1957 e ingressou na arte da cerâmica em 1979, fazendo objetos escultóricos que lhe renderam exposições em galerias de arte a partir da década 80. A primeira foi na Mônica Filgueiras, onde conheceu e começou a conviver com muitos artistas. Depois, participou de coletivas e realizou individuais em outras galerias paulistanas, como Nara Roesler, Raquel Arnaud e Deco, além de duas mostras individuais em Tóquio. Kimi Nii também é designer e sempre está presente nas principais exposições nacionais e em eventos internacionais, representando o Brasil.
Serviço:
Exposição Donguri – esculturas de Kimi Nii, a partir de hoje até 27 de maio, no Museu Oscar Niemeyer, Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico.