A escritora irlandesa Anna Burns, venceu nesta terça-feira o Prêmio Man Booker, a mais importante condecoração da literatura em língua inglesa, por seu livro Milkman.

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Burns é a primeiro escritora da Irlanda do Norte a ganhar o prêmio de 50.000 libras (66.000 dólares), que está aberto a autores de língua inglesa de todo o mundo. Ela recebeu seu troféu das mãos Camilla, Duquesa da Cornualha, durante uma cerimônia de gala em Londres.

Milkman é narrado por uma jovem que lida com um homem mais velho que usa laços familiares, pressão social e lealdade política como armas de coerção sexual e assédio. É ambientado na década de 1970, mas foi publicado em meio às denúncias assédio sexual que culminaram o movimento #MeToo.

“Acho que este romance ajudará as pessoas a refletir sobre o #MeToo e eu gosto de romances que ajudem a pensar sobre os movimentos e desafios atuais”, disse o filósofo Kwame Anthony Appiah, que presidiu o painel de jurados. “Mas achamos que vai durar – não é apenas algo que está momentâneo.”

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“Eu acho que é um romance poderoso, sobre o dano e o perigo do boato”, acrescentou ele.

Os outros cinco finalistas ao prêmio eram: Washington Black, de Esi Edugyan, The Overstory, de Richard Powers, The Long Take, de Robin Robertson, Everything Under, de Daisy Johnson, e The Mars Room, de Rachel Kushner.

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O prêmio

Fundado em 1969, o Prêmio Man Booker foi originalmente aberto a escritores britânicos, irlandeses e da Commonwealth. Elegíveis desde 2014, os americanos são vencedores de dois prêmios – “The Sellout” de Paul Beatty em 2016 e “Lincoln in the Bardo” de George Saunders em 2017.