Erros em filmes são contados em livro

Cinéfilos têm muitas manias. Quem é que não gosta, por exemplo, de ficar procurando erros de continuidade nos filmes? Segundo o pernambucano César Kos, qualquer longa-metragem tem, em média, 18 erros. Alguns campeões de bilheteria têm até dez vezes mais. É o caso, por exemplo, de Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros, no topo da lista, com mais de 200. Em seguida, outros recordistas de público e de falhas: Titanic, Homem Aranha e Matrix, que ultrapassam a marca dos 150 erros cada um. Fascinado pela sétima arte, Kos tornou-se um "caça-mancadas" e desde 2001 abastece o próprio site (www.falhanossa.com.br) com as novidades e, claro, com os erros da indústria cinematográfica que colecionou nos últimos 20 anos.

Gatos que saem secos da água em O Pequeno Stuart Little; mudanças no comprimento do cabelo de Michael J. Fox em De Volta para o Futuro; um copo que não existia nos anos 1970, época em que se passa o filme Conduzindo Miss Daisy; barras visivelmente feitas de borracha em O Homem Aranha; microfone refletido no vidro na cena de reconstituição da orelha em A Outra Face; carros que alternam cor e modelo; mudanças repentinas na posição das personagens e tantos outros erros geográficos, de continuidade, equipamento e equipe visíveis e a falta de sincronia entre som e movimento também estão no livro Falha Nossa – As Maiores Gafes do Cinema, editado recentemente pela Panda Books (368 págs., R$ 39,90).

Curiosidade

"A idéia não é menosprezar ou dizer que o filme é ruim. Mas provar que poderia ser melhor, já que são investidos milhões e eles têm continuístas", afirma Kos. Na obra, 117 filmes estão catalogados na versão brasileira e agrupados por gênero (aventura e ficção; comédia e musical; desenho e infantil; drama e romance; guerra e policial; terror e suspense) totalizando 3.612 erros. Segundo o autor, a proposta é despertar a curiosidade dos leitores para que assistam ou revejam os longas consultando o guia.

No site (vencedor do prêmio Ibest 2004 na categoria pessoal variedades e um dos dez melhores do Brasil na categoria cinema), os números se multiplicam com as informações de mais 1.100 filmes e quase 20 mil erros. Os internautas também conferem trailers e concorrem a prêmios. Mas o livro garante a diversão de cinéfilos e curiosos. A começar pela capa assinada por Baptistão, ilustrador do jornal O Estado de S.Paulo, que reproduz a arena de O Gladiador, com um jogo de sete erros. Cada filme traz uma breve ficha técnica com o título brasileiro e original, duração, censura sugerida, ano de lançamento, país de origem, distribuidora, elenco principal, diretor e a extensa lista de gafes.

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