Fernando Meirelles foi o grande vencedor do 5º Prêmio Fiesp/Sesi do Cinema Paulista. A festa de premiação foi realizada segunda-feira (23) à noite, no auditório da Federação das Indústrias de São Paulo. Ao receber o prêmio de melhor diretor, o cineasta disse que estava lavando a alma. “Nunca recebi tanta porrada por nenhum outro filme que realizei. Pelo menos em São Paulo, as pessoas gostaram de Ensaio sobre a Cegueira.”
O longa adaptado de José Saramago venceu também nas categorias de melhor filme, fotografia (César Charlone) e montagem (Daniel Rezende). O próprio Meirelles recebeu o prêmio pelo fotógrafo, que participa de uma filmagem no Uruguai.
Segundo Meirelles, ele realiza um quarto dos filmes e os outros três quartos vêm dos aportes de Charlone, do montador Rezende e do diretor de arte Tulé Peaks, o único que não foi contemplado anteontem.
Muito bem produzida, a festa teve um motivo temático. Partindo do princípio de que fazer cinema no País, e no Estado, é tão difícil que os profissionais vivem na corda bamba, o palco do auditório da Fiesp foi transformado num picadeiro de circo, com intervenções do grupo Parlapatões.
A atriz Barbara Paz foi apresentadora. Chega de Saudade, de Laís Bodanzky, venceu nas categorias de atriz coadjuvante (Clarice Abujamra), roteiro (Luis Bolognesi) e trilha (BID). Encarnação do Demônio deu a José Mojica Marins o prêmio de melhor ator e também venceu o de direção de arte (para Cássio Amarante).
Rosane Mulholland foi melhor atriz, por Falsa Loira, de Carlos Reichenbach, e Milhem Cortaz o melhor coadjuvante, por Nossa Vida Não Cabe Num Opala, de Reynaldo Pinheiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.