Neste sábado típico de outono, o curitibano conta com várias opções de lazer de boa qualidade. Uns vão aos shows de rock na madrugada, outros pretendem assistir o futebol do Atlético. A recomendação para pessoas de bom gosto e exigentes quanto a música de qualidade, é uma visita, às 6 e meia da tarde, ao Memorial de Curitiba, Teatro Londrina, Rua do Rosário, s/n.º, Largo da Ordem, para ver a Camerata Antiqua de Curitiba, que desta vez será regida por Dario Sotello.
O programa escolhido pelo maestro é contemporâneo, mas de difícil execução, reservado apenas para músicos profissionais experientes. “É isso que procuro nas orquestras, qualidade, técnica e talento musical. A Camerata de Curitiba contribui com todas essas características e nos ensaios percebi que é possível tirar o máximo de qualidade nas apresentações deste final de semana”, afirmou Sotello. O regente paulista, atualmente na liderança da Orquestra de Sopros Brasileira e Brasil Metal e também professor de Regência do Conservatório de Tatuí (SP), possui mestrado em Regência na “City University” em Londres, tem atuado em vários festivais durante os últimos anos como a Oficina de Música de Curitiba e o Festival de Invernos de Campos de Jordão.
Em 1998 regeu três concertos com obras de compositores brasileiros no Festival de Música Brasileira na cidade de Wattwill Suíça. Foi convidado em 2000 para uma série de palestras sobre Música Brasileira na Humgria, quando também regeu dois concertos e uma gravação para a Rádio Estatal Húngara. Em 2002 foi convidado para uma série de concertos e palestras nos EUA.
Conheço os músicos de Curitiba, pois já estive por aqui há dois anos e pela qualificação de alto nível do grupo, estão aptos para executar o Réquiem de Fauré, uma peça maravilhosa e difícil que ele escreveu para os pais, seguindo a estrutura de missas post mortem”, conta Sotello.
Programa
– Gabriel Fauré (1845-1924) Noturno, Op. 57 e Réquiem.
– Francis Poulenc (1899 1963) Para coro a capela Um soir de neige.
– César Franck (1822 1890) Para baixo solista, coro e órgão – Quare Fremuerunt Gentes e Salmo 150.
Sotello gravou em 1995 seis CDs com a Orquestra de Sopros Brasileira e Orquestra Sinfônica Paulista, com obras de diversos autores brasileiros. Vem estabelecendo estreita colaboração com vários compositores, onde ressaltam-se: Hudson Nogueira, Villani-Cortês, Sérgio Vasconcellos Correia, Edson Beltrami, Antônio Carlos Neves Campos, Mário Ficarelli. Em 2003 foi eleito membro do Conselho de Diretores da Associação Mundial de Bandas Sinfônicas e Conjuntos de Sopros Wasbe, para um mandado de cinco anos.
Aos 34 anos, Sotello garante que é possível o aprendizado musical em todas as fases da vida da pessoa em qualquer classe social. “O linguajar universal da música é uma cultura indispensável para o ser humano. tenho alguns projetos que estou começando a executar para popularização da música erudita para jovens com problemas sociais”, diz Sotello.
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