Um amigável Tom Zé aparece nos telões da Casa Natura Musical, na zona oeste de São Paulo, antes de cada um dos shows. Em meio às normas de segurança (como a localização da saída de emergência e de extintores de incêndio), ele diz: “Pode fotografar somente com autorização do artista, mas, se for fotografar, não use flash nem ‘contra-flash’”. Invariavelmente, um flash ou outro escapa, mas o mais seguro é que nenhuma das fotografias realizadas com aparelhos celulares comuns sejam capazes de contrabalançar a luz excessiva que costumeiramente é jogada sobre o artista.

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Celulares e shows são rivais há tempos. Existe o time do “viva a experiência real” da performance ao vivo. Alguns vão até o limite, como é o caso do guitarrista Jack White, que, janeiro deste ano, anunciou que o uso de celulares seria vetado na sua turnê (eles deveriam ser depositados em bolsas específicas e só seriam usados em áreas destinadas a isso). “Acreditamos que vocês gostarão de deixar os aparelhos de lado por um tempo e experimentar música e nosso amor mútuo por ela pessoalmente”, disse ele, em comunicado, na época.

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Eddie Vedder, na última vinda a São Paulo, tentou proibir o uso dos aparelhos. “Não seja um Trump”, disse, ao microfone, uma produtora dele. Quem sacou o celular, de início, levou uma bronca dos seguranças do Citibank Hall (atualmente, Credicard Hall), mas era quase impossível conter a todos. O melhor é jogar o jogo, afinal. E pedir, ao menos, para que se evitem os flashes.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.