Em novo filme, Tom Hanks vira boneco

A dupla de sucesso de Forrest Gump está de volta em uma animação considerada a mais extravagante desde os tempos de Final fantasy. O ator Tom Hanks e o diretor Robert Zemeckis se uniram novamente para produzir O Expresso Polar, megaprodução da Warner Bros. que estréia nos Estados Unidos nesta quarta-feira levando às telas uma técnica inovadora. No Brasil, o longa chega aos cinemas dia 3 de dezembro.

O filme natalino sobre um passeio mágico de trem é uma verdadeira “pintura em movimento”. Os atores, incluindo Hanks, foram digitalmente criados em lugar de humanos. Ou seja, não são apenas uma animação “pois têm toda a sutileza e o calor de uma representação humana”, segundo Zemeckis.

O diretor ainda disse: “acho que, essencialmente, livro e filme falam da idéia de acreditar em algo que você não vê. É um tema universal e talvez por isso o livro seja fenômeno no mundo todo. Não se trata do feriado natalino em si, mas algo mais profundo, uma metáfora sobre uma jornada de vida.”

A técnica usada foi a motion-picture, aprimorada, mas a mesma aplicada em O senhor dos anéis, onde o ator Andy Serkis dava vida aos movimentos do Gollum. Este método é algo como “captura de imagem e movimento” do ator, para logo colocá-lo dentro de um autêntico “quadro em movimento”. Só que, ao contrário da saga dos hobbits em que o cenário era imagem real, em O Expresso Polar tudo é uma gigantesca animação à qual Tom Hanks foi “infiltrado”.

Os atores usaram roupas pretas recobertas de pontos especiais com os quais cada movimento seu pôde ser acompanhado por câmeras e computadores. Os pontos – ao todo 152 – também cobriam seus rostos. Os movimentos e as expressões dos atores foram digitalizados, carregados em computadores e ligados ao mundo animado.

O Expresso Polar teve custos de US$ 165 milhões de produção mais US$ 105 milhões de marketing e distribuição. O filme representa um risco financeiro enorme para a Warner Bros. Para não deixar o estúdio no prejuízo, será preciso arrecadar US$ 500 milhões em nível mundial. Isso não inclui as vendas em DVD, VHS e TV.

Mesmo assim, Hanks, Zemeckis e a Warner estão confiantes no sucesso de bilheteria do filme. Mesmo que O Expresso Polar dispute o público com a animação da Disney/Pixar Os Incríveis, que estreou sexta-feira nos EUA rendendo US$ 70,7 milhões e tornando-se a segunda maior abertura de um desenho animado, depois de Shrek 2(US$ 108,3 milhões) e antes de Procurando Nemo (US$ 70,3 milhões). Segundo Zemeckis, o filme demorou mais de três anos para ficar pronto por causa de dois motivos. “Primeiro porque demorou um tempo considerável para fazer todas as tomadas com esta técnica, não é como filmar em externas ou estúdios. Segundo porque o performance capture leva tempo muito maior para finalizar as cenas, no nosso caso, um ano inteiro.”

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