Margarita Wasserman

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Há poucos dias escutei uma preleção de uma missionária católica e ela lamentava a leviandade das pessoas em sempre invocar o nome de Deus.

?Nem sempre apelam a Deus como um ato de fé e sim como um hábito.?

Tive a oportunidade de conversar com um estudante de Direito e Comunicação. Fiquei alarmada ao constatar que o rapaz não tem o menor conhecimento de quem foi Bento Munhoz e também nunca ouviu falar em Ney Braga!! Não falei meu Deus!!! porque Ele não tem nada a ver com o ensino no Brasil…

De acordo com pessoas bem informadas, tudo começou com o MEC-Usaid: acordo do Ministério de Educação e Cultura com os Estados Unidos.

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Desde os tempos do Império, os estudantes participavam dos movimentos políticos. Também ao tempo das idéias abolicionistas, eles se fizeram presentes!

Nos anos sessentas, estudantes reuniam-se em bares, trocavam idéias sobre política, também bebiam suas cervejas, cantavam… Havia muita descontração, muita camaradagem. E interesse em estudar… Não vemos mais os estudantes participarem da vida política do País… Uma pena!

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Encontrei faz poucos dias  uma senhora muito orgulhosa, porque trabalha como cantineira há quarenta anos, na mesma empresa. Faltou apenas três dias de trabalho, por problemas de saúde. Ela se achou com direito a fazer pouco caso do Lula, nosso presidente, porque ele não estudou… Ela continua servindo cafezinho faz quarenta anos…

Mas se ele chegou até onde está foi porque aprendeu muito na universidade da vida. O que existe no Brasil é preconceito de classe.

O Lula, por mais que certas pessoas façam pouco caso dele, está sendo reverenciado por príncipes, reis e rainhas!

Margarita Wasserman – Escritora e membro do Instituto H. e Geográfico do PR