Ela mesma já definiu seu novo projeto como um trabalho construído com muita pesquisa sonora e coragem de experimentar. Depois de cinco anos sem lançar um novo disco, Matriz, o novo projeto de Pitty, veio cumprindo não só seu objetivo, de se reconectar com suas origens, mas também de fazer com que a cantora seja percebida por um público ainda maior do que antes. A roqueira continua, mas fica claro que Pitty evoluiu – e muito – musicalmente, até por isso que este disco já foi considerado pela crítica como um dos seus melhores trabalhos.
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À Tribuna do Paraná, durante passagem por Curitiba para apresentar o programa Saia Justa, do GNT, a cantora comentou o que muito se falou, sobre o processo de produção do disco, que a fez, de certa forma, voltar a sua terra natal, Bahia. “Foi muito naturalmente, não pensava em fazer um disco pensando em resgatar origens ou nada, não tinha esse pensamento quando comecei a fazer”, explicou a cantora.
Matriz foi montado de uma forma diferente do comum e surgiu realmente da vontade que Pitty sentiu de experimentar. “Fui para a turnê e o disco foi se fazendo na estrada, fiz meio que o processo inverso. Durante o processo de composição, percebi que havia esse chamado para revisitar e olhar um pouco as minhas origens, mas o disco tem zero saudosismo, não consigo nem falar em resgate porque não é um resgate, é um olhar para uma vivência, mas um olhar calcado no presente e, principalmente, no futuro. Não é nostálgico, é de observação, contemplativo”, definiu.
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Para o projeto, a cantora reuniu muita gente que poderia trazer, de alguma forma, um pouco desse novo conteúdo que era buscado. Entre as pessoas que participaram, muitos baianos. “Tem muita gente da Bahia, mas tem muita gente de outros lugares e acabou um disco bem cosmopolita no fim das contas, pois foi gravado em três cidades diferentes, com músicos diferentes, de vários lugares”.
Entre os produtores, dois são de origens diferentes de Pitty: Pupillo, que produziu uma de suas músicas, é Pernambucano, e Rafa Ramos, carioca. “Mas também tem muitos músicos paulistas envolvidos, é bem ‘Torre de Babel’, mas tem essa onda de olhar um pouco para a gênese do nascimento das canções, acho que essa era a minha grande investigação, procurei me expressar de forma orgânica”, comentou a cantora.
O resgate das origens se deu porque Pitty buscou, nessa caça musical, voltar lá atrás, quando começou. “Minha primeira investigação foi de como é que aquela menina, há 16 anos, pegou um violão de nylon e achou que com três acordes ela podia dizer alguma coisa? A premissa da história que eu queria contar era essa e a partir daí foi se desenrolando toda uma onda de uma Bahia contemporânea, inclusive, porque a cena que eu existi nos anos 90 é completamente diferente da que existe hoje, por milhões de questões”.
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Renovação é importante
Sem aquela cobrança absurda de lançar algo novo simplesmente pela pressão do mercado, o novo projeto de Pitty veio, muito provavelmente, no período certo. Apesar disso, ela destacou que busca, sempre que vai fazer algo novo, se renovar. “Eu, particularmente, sim. Não acho que isso tenha que ser regra para os outros artistas, cada um cria de acordo com a sua necessidade, demanda. Tem gente que cria mais pensando em demanda comercial, tem quem crie pensando em demanda pessoal, cada artista tem sua onda. A minha onda é experimentar coisas novas”.
Pitty comentou que, embora tenha apresentado um material completamente novo, sua essência nunca vai deixar de ser aquela que todos conhecemos. “Acredito que a cada disco eu posso dar um passo além na minha própria pesquisa sonora, estética, nos meus próprios métodos de composição. Eu gosto de desconstruir estes métodos, para não me acomodar, porque não tenho a menor vontade de ficar fazendo o mesmo disco, isso, pra mim, é completamente entediante. Ao mesmo tempo, eu vejo que, embora dentro da discografia haja diferença explícita entre os discos e isso é proposital, existe a essência que transparece muito no Matriz e é por isso que esse disco se chama Matriz, porque existe uma essência que permanece e aparece desde o primeiro [disco], então é um mudar dentro de você mesmo”.
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Show em Curitiba!
A turnê do novo disco é ainda mais especial, porque foi feita literalmente na estrada. Por conta disso, o show que Pitty apresentou em Curitiba em novembro do ano passado já não é mais o mesmo. Isso porque a ideia era exatamente essa: experimentar e criar. “A turnê agora está reformulada, depois do lançamento do disco, então vem com bastante novidade”, adiantou a cantora.
Por conta da novidade, os fãs curitibanos de Pitty, que estão em quatro lugar entre os que mais ouvem o som da cantora nas plataformas de streaming, já podem até garantir seu ingresso: ela se apresenta em Curitiba de novo, no dia 3 de agosto, na Live Curitiba, portanto há menos de um ano do último show, agora com a turnê completa. Os ingressos já estão à venda pelo Disk-Ingressos e custam a partir de R$ 40 (meia-entrada) mais taxa.
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