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Eloísa Mafalda deixa sua marca ao viver personagens de destaque na TV

A atriz Eloísa Mafalda morreu aos 93 anos em Petrópolis, região serrana do Rio, na noite de quarta-feira, 16. A informação foi divulgada pela família nas redes sociais. Causa da morte não foi divulgada, mas ela sofria da doença de Alzheimer. A família ainda organiza o sepultamento e enterro, que deve ocorrer em Jundiaí, no interior de São Paulo. Ela deixa dois filhos, dois netos e dois bisnetos.

Nascida em 1924, Eloísa Mafalda começou sua carreira no rádio, participando de radionovelas, e fez sua estreia no vídeo na antiga TV Paulista, que depois foi adquirida pela Globo. Na emissora, a primeira atuação foi em O Ébrio, adaptação do clássico filme de Gilda de Abreu. Dando sequência à carreira na TV, fez outros inúmeros papéis marcantes da dramaturgia nacional, como a Dona Nenê na primeira versão de A Grande Família, em 1972, atuando ao lao de Jorge Dória e Brandão Filho. Outro personagem que marcou época foi a Dona Pombinha Abelha de Roque Santeiro, em 1985.

Foram pelo menos outros 40 trabalhos na Rede Globo, como nas novelas Mulheres de Areia, Gabriela, na qual deu vida à personagem Maria Machadão, que é a dona do Bataclan, o bordel da cidade. Em Paraíso, outro papel que deixou sua marca na TV, ela era Mariana, uma carola radical, que criou a filha isolada dos pecados do mundo, tanto que era conhecida como Santinha, interpretada por Cristina Mullins. Sua última participação na TV foi na novela O Beijo do Vampiro, de 2002.

Versátil, a atriz circulou por outros palcos. No cinema, seu primeiro trabalho foi em 1950, no filme Somos Dois. No teatro, estreou em 1965, em uma adaptação do clássico O Morro dos Ventos Uivantes.

O neto da atriz, Marcello Berro, prestou homenagem comovente nas redes sociais. “Foi a primeira mulher que me pegou no colo. Sim! Antes de colocarem no colo da minha mãe, ela me pegou da mão da obstetra e disse: ‘É meu neto!’ Nosso amor sempre foi explícito. Quando aprendi a escrever, escrevi em todos os livros da casa dela, listas telefônicas, paredes, gavetas: Vó te amo”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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