O curta-metragem Morre um nome (BRA, fic, 7 min, mini-DV, 2007), que mostra a passagem do jazzman norte-americano Booker Pittman (1909-1969) pelo norte do Paraná, estréia neste domingo, dia 17, às 20h, no Bar Petiscaria, em Cornélio Procópio, com ingressos a R$ 5,00.
A sessão de estréia do filme é especial por dois motivos: irá celebrar a criação do Núcleo de Cinema de Cornélio Procópio – Emtenda Cinema (grupo formado em sua maior parte por alunos oriundos da Oficina de Realização em Cinema ministrada pela Kinoarte no mês passado na cidade)-; e terá como convidada especial Eliana Pittman, cantora de renome internacional, que iniciou sua trajetória artística nos anos 60s, ao lado do pai Booker Pittman.
O filme Morre um nome, uma realização da Kinoarte (Instituto de Cinema e Vídeo de Londrina) em parceria com a Musicarte (Associação de Apoio e Incentivo Cultural de Cornélio Procópio), foi produzido nos dias 19 e 20 de maio, em Cornélio Procópio e Congonhas, em suporte digital, por 19 alunos. O curta mostra a passagem do músico americano Booker Pittman por Cornélio Procópio no final dos anos 50s. Após ter se apresentado em Londrina, Mestre Buca (como era mais conhecido no Brasil) viajou por diversas cidades do norte do Paraná. Em Cornélio, ele teria se apresentado nas casas de algumas pessoas, além de sobreviver pintando casas na zona de baixo meretrício.
Filmagens
As locações dividiram-se entre casas antigas, fazendas e plantações de café, assim como as estações ferroviárias de Cornélio Procópio e Congonhas, trazendo ao filme um resgate histórico. Os depoimentos de algumas pessoas que conviveram com o músico na época também reforçam essa característica.
Formado por pessoas de várias áreas profissionais, mas todas com uma característica em comum – a paixão pelo cinema -, o grupo dividiu várias funções, desde a criação do roteiro, direção de cenas, produção e fotografia, até a montagem e edição de créditos.
Todos muito motivados pela didática das aulas, que permearam teoria e prática em um ritmo rápido e muito produtivo, os alunos foram, simultaneamente, ouvintes e executores, aprendendo com a prática efetiva a fazer cinema. Muitos descobriram que fazer cinema não é só o glamour das câmeras, mas sim muito empenho e trabalho, como revela Ana Cristina Krüger, que trabalhou na equipe de produção do filme: ?Eu sempre tive curiosidade em saber como seria produzir um filme, assistia a todos os making ofs a que tinha acesso e sentia-me atraída pela dinâmica da produção. Com a oficina, pude sentir na pele a adrenalina dos bastidores e constatar aquilo que os professores nos disseram logo no primeiro dia – fazer cinema é um grande trabalho em grupo: todos são importantes para a concepção de filme. Acredito que esse foi um grande aprendizado para mim, ter humildade parar conviver harmoniosamente com a diversidade presente no grupo??.
Emtenda Cinema
O Núcleo de Cinema de Cornélio Procópio Emtenda Cinema, que será lançado hoje, pretende manter acesa a paixão por cinema em seus integrantes, continuando a produção de curtas na cidade e, ainda, fomentar essa paixão na comunidade por meio da apreciação de filmes de grandes diretores nacionais e internacionais em exibições quinzenais e gratuitas. Apoiados pela parceria Kinoarte-Musicarte, o objetivo dos participantes é conhecer cada vez mais sobre cinema e levar esse conhecimento ao máximo de pessoas, por meio de produções próprias e da apreciação de grandes obras cinematográficas.