El Ligno Trio populariza música erudita

O El Ligno Trio lança seu primeiro álbum amanhã, às 20h, no Sesc Cidadania. O grupo é formado pelos violonistas João Fernandes, Rafael Milhomem e João Batista Albernaz, bacharéis em Música pela Universidade Federal de Goiás. Com um repertório de sete obras inéditas compostas por autores renomados, como Estércio Márquez Cunha, Eurípedes Fontenelle e Fernando Santos, o CD foi produzido pelo próprio trio, com co-produção musical de Estércio Marquez, e gravado com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

O CD El Ligno traz composições que vão do tradicional ao contemporâneo. Cinco das onze faixas são composições dedicadas especialmente ao grupo, como a peça Trio n.º 1 para violões, de Estércio Márquez Cunha, e Tríptico do semi-árido, do compositor Rodrigo Lima. A obra Três episódios, de Henrique de Curitiba, é dividida em três faixas, as últimas do disco. Memórias, peça de três movimentos, também ganhou três faixas do CD e é de autoria de Rafael Milhomem, integrante do trio.

O objetivo do trabalho é mostrar a variedade de estilos e inovar na linguagem musical, explorando todas as possibilidades do violão, de notas puras a chiados e batidas no corpo do instrumento. ?Um violonista solo encontra maior facilidade na hora de ousar no repertório do que grupos de violonistas, que normalmente interpretam Bach, transcrições de obras de Ravel e outras peças tradicionais. O El Ligno, ao contrário, é um trio com um repertório que rearranja o tradicional (canção, chorinho) e trabalha essencialmente com o contemporâneo?, define João Albernaz.

Para executar as faixas Baião d?um dia de chuva, de Fernando Santos, Lamentando, de Eurípedes Fontenelle, e Valsa solidão, de Nelson Maranhão, o El Ligno convidou o percussionista Wallace Patriarca. ?Elementos percussivos são recorrentes na música brasileira, e a incorporação deles no nosso trabalho está relacionada à inovação da linguagem na interpretação com violões, pensando novas estruturas musicais?, analisa Rafael Milhomem. Segundo o trio, este primeiro álbum será também uma ferramenta de popularização dos estilos erudito e contemporâneo, ambos de histórico elitista e pouca identificação com o consumo de massa. 

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