Às vésperas da abertura da 17ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro, Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros, disse, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, que o mercado ia mal e que seria preciso correr para reverter o cenário. Dois momentos seriam de extrema importância para as editoras fecharem o ano no azul. Primeiro, era preciso fazer uma boa feira – e a Bienal terminou no domingo, 13, com números excelentes. Da abertura, dia 3, até o encerramento, passaram pelo Riocentro 676 mil pessoas, um recorde histórico. Na edição passada, a organização registrou 660 mil pessoas.

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Em média, cada visitante comprou 6,6 livros, 4% a mais do que em 2013. As promoções feitas desde o início da feira, e não nos momentos finais como geralmente ocorre, podem ter ajudado no índice. Em termos de faturamento, os números são ainda melhores. Estima-se que as editoras tenham faturado R$ 83 milhões nos 11 dias de evento – 18% acima da edição anterior.

O investimento na programação, que teve atrações para todos os públicos e gostos – do poeta Ferreira Gullar, que lançou sua autobiografia poética, ao best-seller juvenil Jeff Kinney, que não tinha nada novo para apresentar e ainda assim arrastou uma pequena multidão à feira – foi, segundo Pereira, um dos pontos fortes desta edição. O outro foi a decisão de receber os escritores-celebridade, como Christian Figueiredo e Kéfera, numa área mais isolada, onde a histeria que paira sobre esses encontros não atrapalharia os demais visitantes e expositores.

Passada a Bienal, o segundo grande momento em que o mercado pode dar a volta por cima é o Natal, e as apostas nos próximos best-sellers já começaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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