?O morto continua a viver no livro, na foto, no cassete, mas só quando nos lembramos de usá-los.? (Carlos Drummond de Andrade) O escritor Carlos Drummond de Andrade achava que não demoraria muito tempo para ser esquecido, mas duas décadas após sua morte – que se completam no dia 17 de agosto – prova-se o contrário: o poeta, cronista e ficcionista continua a ser reverenciado.
Em projeto iniciado em 2002, a Editora Record vem republicando toda a obra de Drummond em prosa e poesia em edições especiais, com novo projeto gráfico (cada capa traz uma foto do autor tirada no ano em que ele escreveu o livro), além de cronologia e bibliografia atualizadas. Apresentando cada livro, prefácios escritos por aclamados críticos literários como Affonso Romano de Sant?anna, Silviano Santiago, Edmílson Caminha e Manuel Graña Etcheverry. A série foi iniciada com Alguma poesia, o primeiro livro publicado por Drummond, em 1930, sob o selo imaginário de Edições Pindorama, com apenas 500 exemplares. No fim do ano, chega às livrarias Receita de ano novo, o segundo livro de uma série de coletâneas organizada pelos netos do Drummond, Pedro Augusto Graña Drummond e Luis Mauricio Graña Drummond, que a Record vem lançando com formato especial e capa dura. Os primeiro foi Declaração de amor – canção de namorados, um breve panorama do amor na obra poética de Drummond.