Curitiba recebe hoje a primeira edição do Chemical Music Festival, na Marina Jetside. O evento reúne 30 atrações de diferentes vertentes da e-music em três tendas. Mas a principal – e certamente a mais aguardada – é a dupla israelense Skazi, que se apresenta no formato ?in concert??, que chega ao Brasil justamente quando o psydelic trance, ou psy, está no auge da sua popularidade.
Mesmo com décadas de história, esse gênero da música eletrônica tem duas características que o tornam muito particular. A primeira é que mesmo sem nenhum apoio de mídia, é de longe a vertente que mais tem adeptos mundo afora. O que cria a segunda particularidade: seus seguidores, uma espécie de releitura dos hippies, não são vistos com bons olhos pelo restante dos amantes da música eletrônica.
?O psy nunca teve suporte de mídia, porque as pessoas sempre viram a música eletrônica como um gueto de usuários de drogas. Outras vertentes já conseguiram se livrar disso, e agora chegou a vez do psy??, diz Asher, um dos DJs por trás do Skazi, e um dos responsáveis pela mudança de visão. Asher e B-Bass fazem uma combinação de rock, psy e vocais – e é uma verdadeira sensação mundo afora.
?Nossas influências são as mais diversas. Vão desde bandas como Metallica e Prodigy, até DJs de trance, como Infected Mushroom??, diz Asher, acrescentando que se sente orgulhoso pela mistura de rock e música eletrônica ter tomado conta das pistas de dança em todo o planeta, mesmo que não necessariamente misturadas ao psy. Em Curitiba, o duo vai se apresentar com seis músicos de clássicos, que acrescentarão violinos e violoncelos às guitarras e batidas eletrônicas do Skazi.
A primeira edição do Chemical Music aconteceu no Rio de Janeiro, ano passado, contando com um público de mais de 15 mil pessoas. O evento é censurado para menores de 18 anos e haverá transporte saindo do Omar Shopping. Mais informações no site www.chemicalmusic.com.br.
