Duo Justice confirma presença no festival Sónar

No fim da primeira década do século 21 (o tempo na música eletrônica é freneticamente mais acelerado que o tempo convencional), artistas como Soulwax, Digitalism, Justice e outros empurraram a eletrônica para um universo de atitudes e sons análogos aos do rock, agressivos, emparelhados com os do heavy metal. A batida eletrônica foi emprenhada pelo tom desafiador e rebelde do velho rock’n’roll.

Dessa fase, um dos grupos mais bem-sucedidos foi o duo francês Justice (Xavier de Rosnay e Gaspard Augé), que veio ao Brasil no auge e fez um show para 15 mil pessoas no Anhembi, em 2008.

De lá para cá, a eletrônica foi de novo para o lado do pop e dos eflúvios do R&B feelings (Rihanna e quetais). A dupla regressa agora, após quatro anos, para o Sónar – Festival Internacional de Música Avançada e New Media Art, dias 11 e 12 de maio de 2012, no Anhembi, com um disco novo e a velha fleuma. Eles concederam entrevista por e-mail. Confira alguns trechos.

– Na última vez que vieram ao Brasil, em 2008, fizeram um concerto sombrio, dark. Que memórias têm daquela apresentação?

– O show que fizemos em São Paulo foi o último da turnê 2008 e nós nos lembramos que estava um tanto silencioso. Esperamos que seja um pouco mais frenético desta vez.

– Passaram-se quatro anos desde que vocês lançaram sua obra-chave, Cross, e agora voltam com novo álbum, Audio Video Disco. Qual a dificuldade de fazer um novo disco após tão grande expectativa criado pelo anterior?

– Fizemos esse disco sem nenhuma pressão. O primeiro disco já era bastante diversificado, por isso nunca tivemos de adivinhar o que o público estava esperando da gente, se eram coisas soft como dance ou coisas mais violentas como Stress. Eis por que a gente caminha adiante sem nenhum tipo de preocupação ou tentativa de preencher expectativas além das nossas próprias.

– Esse disco Audio Video Disco é uma grande síntese de rock clássico dos anos 1970 e da velha eletrônica, e também há um certo sabor de prog-rock, coisas como Yes, Asia, Rush. Concorda comigo? Estão interessados em resgatar algum legado esquecido de rock e eletrônica?

– Bem, não é bem isso, mas se é desse jeito que você ouviu, é bacana, e não somos os caras para dizer se as pessoas estão certas ou erradas. Ouvir um disco é uma experiência pessoal, então todo mundo está certo qualquer que seja o que tenham ouvido e sentido sobre algo, mesmo se não era bem isso que pretendíamos inicialmente. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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