O maestro venezuelano Gustavo Dudamel e seus músicos da Sinfônica Simón Bolívar desembarcam neste fim de semana em São Paulo para duas apresentações. Esta é a terceira visita da orquestra e seu regente ao Brasil – e, desta vez, domingo, 06, e segunda, 07, na Sala São Paulo, serão apresentados dois programas bastante distintos, um com música latino-americana e a Sinfonia Fantástica, de Berlio, e outro com a monumental Sinfonia n.º 9 de Mahler.
Dudamel e a Simón Bolívar são as estrelas do El Sistema, projeto venezuelano de educação musical criado nos anos 70 que hoje reúne 250 mil músicos pelo interior da Venezuela.
O maestro começou sua carreira internacional na Suécia, onde dirigiu a Sinfônica de Gotemburgo. Há cinco anos, foi nomeado diretor da Filarmônica de Los Angeles.
Sua chegada ao cenário americano surpreendeu o meio musical, que passou a prestar atenção em novos talentos da regência na hora de escolher seus diretores – e não é por acaso que, após a nomeação de Dudamel, nomes como Yannick Nezet-Seguin, Alan Gilbert e Vassily Petrenko assumiriam em seguida importantes conjuntos dos Estados Unidos e da Europa.
Na primeira visita ao Brasil, em 2011, orquestra e maestro interpretaram Mahler, Ravel, Stravinski e alguns autores latinos, como Carlos Chávez. No ano passado, Beethoven – a Quinta Sinfonia – e Stravinski – a Sagração da Primavera.
Desta vez, também vão ser dois os programas, que fazem parte da programação da Sociedade de Cultura Artística. No domingo, serão interpretadas Margariteña, de Inocente Carreño; as Bachianas Brasileiras n.º 2, de Villa-Lobos; e a Sinfonia Fantástica, de Berlioz. Na segunda, será a vez da Sinfonia n.º 9, de Mahler.
Não será o primeiro Mahler de Dudamel no Brasil – em 2011, regeu a Sétima Sinfonia. Mas a Nona, por suas dimensões e por toda a simbologia que carrega (foi a última obra completada pelo compositor) é sempre um acontecimento especial. Em tempo: Dudamel traz a tiracolo um CD em que rege a peça, gravado no final do ano passado com a Filarmônica de Los Angeles. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.