Dreamgirls e Babel à frente no Oscar

Beverly Hills (AE) – Dreamgirls, com oito indicações, e Babel, com sete, saem na frente da corrida do Oscar 2007, em termos numéricos, pelo menos. A cerimônia está marcada para dia 25 de fevereiro. A análise qualitativa diz que Babel sim parte em condições privilegiadas para o concurso deste ano. Disputa prêmios nas categorias principais, entre elas melhor filme e direção. Já o musical Dreamgirls – Em Busca de um sonho, inspirado no grupo Supremes, fica fora das categorias principais Em termos de número de indicações, os outros mais lembrados pelos acadêmicos foram O labirinto do Fauno, falado em espanhol, e o britânico A rainha, ambos com seis indicações. Em termos de surpresa, deve-se assinalar a ausência de Volver, de Pedro Almodóvar, na categoria de melhor filme estrangeiro, no qual era dado, de antemão, como favorito.

Essa ausência é uma surpresa – desagradável. A boa surpresa é a qualidade dos competidores ao prêmio principal, o de melhor filme, todos de ótima qualidade: A rainha, Babel, Cartas de Iwo Jima, Os infiltrados e Pequena miss Sunshine. Os indicados para diretor correspondem, ponto a ponto, aos indicados para melhor filme, com uma exceção: Paul Greengrass, cujo filme Vôo United 93 não está entre os que podem ganhar a estatueta mais importante. Os outros são Stephen Frears, Alejandro González Iñárritu, Clint Eastwood e Martin Scorsese.

Faz todo o sentido, pois dirigiram belos filmes. A rainha, de Frears, mostra a crise aberta entre Elizabeth II e o ministro Tony Blair por ocasião da morte da princesa Diana. Babel, de Iñárritu, reflete sobre as contradições do planeta globalizado. Cartas de Iwo Jima, de Eastwood, põe o foco numa batalha fundamental da 2.ª Guerra, pelo ponto de vista dos japoneses. Por uma decisão esdrúxula, ganhou o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, o que levou Clint à irônica declaração de que agora precisaria aprender outro idioma para justificar essa premiação. Os Infiltrados (má tradução para The Departed), de Scorsese, em aparência, fala de espiões incrustados no crime organizado e na polícia, mas vai muito além disso. E, claro, Pequena miss Sunshine é o maior azarão do grupo com sua história de um concurso de misses infantis, pretexto para falar da família disfuncional nos Estados Unidos. Se ganhar, será um milagre. 

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