Foto: Allan Costa Pinto/O Estado

Para Douglas, a arte do Paraná está morta.

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?A arte no Paraná está morta?. É com esta afirmação triste, mas em tom esperançoso, que o artista plástico curitibano Douglas Krieger promete renovar o mercado das artes no Paraná. Ele reclama que nem governo, nem imprensa e nem mesmo as pessoas ligadas ao meio se empenham em melhorar as condições dos salões, galerias e museus. A partir de março, Krieger fará parte da Associação dos Artistas Plásticos do Paraná, onde será criado o Mercado das Artes, projeto no qual ele pretende dar início a uma mudança desse cenário.

?Falta gente boa ligada à arte na imprensa e no governo. Como é que pode fechar dois museus aqui em Curitiba? Nós não temos voz ativa. Hoje quem está sendo valorizado é de fora?, reclamou. Na Associação dos Artistas Plásticos do Paraná ele promete colocar em prática seus planos. ?Com o mercado das artes vamos moralizar os salões de artes, onde muitas vezes não há pessoas qualificadas para participar dos júris?, disse.

Na casa de Krieger é possível sentir o amor pelas artes plásticas. A sala, o quarto, a cozinha, todos os cantos são cheios de quadros não só pintados por ele, mas também por familiares que também seguem o caminho das artes. O artista ajuda instituições de caridade por meio da venda de seus quadros. Ele também mantém uma escola que ensina a pintar e ainda dá aulas em sua própria casa, mesmo que os alunos não tenham nenhuma noção de pintura. Não é difícil lembrar dos quadros de Krieger: pinturas de cenários tipicamente paranaenses, com pinheiros, água e paisagens interioranas.

Uma vida de dedicação

Douglas Krieger vive no mundo das artes plásticas há cerca de 30 anos. Desde pequeno ele já trabalhava com o pai, que confeccionava panos bordados. Ele conta que foi bancário e trabalhou na Polícia Federal, mas só identificou mesmo com a pintura. Quando indagado sobre o dom da pintura, Krieger responde apenas que não se trata de uma capacidade dada por Deus, mas sim, vontade de fazer. Até hoje, o artista já pintou mais de 15 mil quadros. Sem falar nas centenas que ele guarda em casa.

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